Rui de Barros falava no ato do lançamento oficial da campanha de 2025 de comercialização da castanha de caju que espera que seja “muito boa” ou “melhor da do ano passado”, em que o preço base foi fixado em 350 francos CFA por quilograma e acabou por atingir 700 francos CFA devido à procura, disse.
“A castanha de caju é muito mais que um produto agrícola, ela é um símbolo da nossa cultura, da nossa identidade, da nossa capacidade de transformar desafios em oportunidades”, declarou o primeiro-ministro guineense.
Rui de Barros elogiou o fato de que o preço base fixado para a compra do produto no agricultor foi feito a partir de um “trabalho cuidadosamente definido” entre o Governo e os operadores do setor a fim de tornar o “produto acessível aos consumidores e sustentável aos produtores”.
O ministro do Comércio, Indústria e Artesanato, Orlando Mendes Viegas, ressaltou as melhorias introduzidas pelo Governo na campanha de 2024, nomeadamente “melhor controle do contrabando para o Senegal” como garantias de que a de 2025 “vai correr bem”.
Dados do Governo guineense, em temporadas anteriores, apontam que cerca de 90 mil toneladas da castanha do país são contrabandeadas para países vizinhos, nomeadamente para Senegal, Gâmbia e Guiné-Conacri.
Ultimamente, o Governo guineense tem reforçado a vigilância nas fronteiras terrestres e marítimas que passam pela presença constante de elementos da Guarda Nacional nos postos de passagens entre os dois países e o confisco do caju apreendido em contrabando.
Orlando Viegas assinalou que o reforço da vigilância nas fronteiras com o Senegal, por exemplo, motivou o aumento de receitas do Estado derivadas da campanha de comercialização do caju em 2024.
O secretário-geral da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços, Saliu Bá, felicitou o Governo pelas medidas que têm sido tomadas para “favorecer um melhor clima de negócio do caju”, mas destacou também ser necessário melhor controlo dos operadores sazonais.
Para este responsável do setor privado guineense, ao contrário de operadores residentes no país, os sazonais (compradores de ocasião) acabam por não cumprir com as obrigações fiscais.
Saliu Bá encorajou todos os intervenientes na fileira do caju a continuarem com as ações que possam favorecer o produto, que, disse, mereceu a elevação da Guiné-Bissau como o segundo maior produtor em África, a seguir à Costa do Marfim.
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