Gigante de tecnologia começa a receber pedidos para maior IPO do mundo em 2025 | Finanças

A Contemporary Amperex Technology começou a receber pedidos de investidores para uma oferta pública de ações em Hong Kong, que provavelmente será a maior listagem do mundo este ano. A CATL, como a gigante chinesa de baterias para veículos elétricos é conhecida, busca levantar até HK$ 41 bilhões (US$ 5,3 bilhões), de acordo com seu documento de listagem divulgado nesta segunda-feira (12). Isso se o negócio for ampliado e lote suplementar de ações for exercido sobre a oferta base de até HK$ 31 bilhões.

A empresa recebeu interesse suficiente de investidores para sua venda de ações em Hong Kong logo no primeiro dia do lançamento do negócio na segunda-feira, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. A firma sediada em Fujian está comercializando ações a um preço máximo de HK$ 263 cada, ou 1,4% abaixo do fechamento de sexta-feira em Shenzhen, mas aproximadamente equivalente ao fechamento de quinta-feira. O preço poderá ser definido já na terça-feira (13), e a expectativa é de que as ações comecem a ser negociadas em 20 de maio.

A oferta de ações mais que dobrará os recursos captados no mercado de listagens de Hong Kong neste ano, que a Bloomberg Intelligence estima que subirá para mais de US$ 22 bilhões. A bonança foi impulsionada por empresas chinesas que seguiram adiante com seus planos de listagem no centro financeiro asiático, apesar da turbulência trazida pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que causou o adiamento de muitos negócios nos Estados Unidos e na Europa.

A CATL está oferecendo cerca de 118 milhões de ações na oferta base, que pode aumentar para cerca de 136 milhões se a empresa aumentar o volume do negócio em 15%. Com a opção de lote suplementar, a empresa venderia quase 156 milhões de ações.

Os investidores de referência, que concordam em manter ações do negócio por pelo menos seis meses, comprometeram-se a comprar cerca de US$ 2,6 bilhões em ações, de acordo com o prospecto. Eles incluem a petrolífera estatal chinesa Sinopec, a Autoridade de Investimentos do Kuwait e a gestora de ativos alternativos Hillhouse Investment.

A CATL afirmou que estava realizando o negócio na forma da chamada oferta de Regulamentação S, que não permite vendas para investidores onshore dos EUA e isenta o emissor de certas obrigações de registro regulatório nos EUA, confirmando uma reportagem anterior da Bloomberg News. As limitações impostas a certos tipos de investidores americanos indicam que as tensões entre EUA e China podem estar se espalhando para o cenário de novas listagens.

A empresa também recebeu uma dispensa da Bolsa de Valores de Hong Kong sobre a necessidade de implementar um mecanismo de recuperação, o que exigiria que ela alocasse mais ações para investidores de varejo se a demanda fosse alta o suficiente, de acordo com o prospecto. A dispensa permite que investidores institucionais mantenham uma proporção maior de ações alocadas para a listagem em Hong Kong.

O negócio não foi feito sem obstáculos. A empresa foi colocada em uma lista do Pentágono em janeiro, com base em alegações de ligações da CATL com o exército chinês — algo que a empresa negou repetidamente.

Após a venda, a CATL planeja usar grande parte dos recursos para sua expansão internacional em andamento na Europa, especialmente para uma grande fábrica na Hungria, que atenderá clientes importantes como a Mercedes-Benz.

Além do J.P. Morgan e do Bank of America, organizadores conjuntos da oferta da CATL incluem a China International Capital e a China Securities International. O Goldman Sachs Group, o Morgan Stanley e o UBS também estão organizando o negócio.

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