Galípolo vê cenário global mais incerto: ‘Achei que o Brasil ia se aproximar deles, não o contrário’ | Economia

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participou da entrega da Premiação Anual Top 5 de 2024, que premiou instituições bancárias que contribuem com o Boletim Focus e que fizeram projeções de indicadores econômicos que mais se aproximaram da realidade.

Galípolo fez um breve pronunciamento na abertura de uma mesa, citando os desafios para economistas fazerem as previsões que ajudam a subsidiar o Boletim Focus.

“Todo mundo que estudou economia alguma vez na vida achou que os índices de volatilidade e incerteza do Brasil pudessem migrar para economias mais avançadas com o tempo e ficar mais parecidos. Eu sempre achei que era porque a gente ia se aproximar deles e não o caminho contrário. Hoje o tema de incerteza e volatilidade parece estar um pouco mais espalhado no mundo.”

O Boletim Focus é um relatório publicado semanalmente com uma média das expectativas de instituições do mercado financeiro, que participam do Sistema Expectativas de Mercado, para os principais indicadores econômicos do país.

O presidente do BC deve permanecer em São Paulo até o início da tarde. Ele vai realizar novas reuniões com dirigentes de bancos para tratar do processo de venda do Banco Master ao Banco Regional de Brasília, o BRB.

Ao longo do dia, Galípolo ainda deve receber na sede do BC, em São Paulo, Rubens Menin, Chairman do Banco Inter, e José Olympio Pereira, CEO do Banco J. Safra.

No último sábado, Galípolo e outros dois diretores do Banco Central se reuniram com representantes​ de grandes bancos, como Bradesco, Itaú-Unibanco, Santander, BTG Pactual para tratar de alterações no Fundo Garantidor de Crédito, que é uma espécie de poupança ou garantia do sistema financeiro constituído com contribuições obrigatórias dos bancos para garantir aplicações de pessoas físicas até R$ 250 mil em caso de quebra de um deles.

A preocupação do BC e de instituições maiores é o uso da garantia do FGC por bancos pequenos que oferecem investimentos com retornos mais elevados graças a essa garantia.

É o caso do Banco Master, em processo de compra pelo BRB. O Banco Central e os bancos maiores vêm debatendo mudanças nas regras para que bancos pequenos acabem não comprometendo uma parte relevante desses recursos do FGC.

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