A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira que Angola está numa posição estratégica para captar os 500 milhões de dólares (441 milhões de euros) disponíveis no Fundo Pandémico para melhorar o sistema nacional de saúde pública.
Em comunicado, a OMS referiu que o Fundo Pandémico tem disponíveis 500 milhões de dólares e Angola “posiciona-se estrategicamente” para captar recursos que “transformarão o sistema nacional de saúde pública”, com foco na prevenção, deteção precoce e resposta eficaz a emergências sanitárias.
De acordo com a OMS, esta semana ficaram definidas as principais atividades da proposta nacional ao Fundo Pandémico, uma iniciativa global que visa fortalecer a capacidade de resposta a surtos e emergências de saúde em países com baixos e médios rendimentos.
O representante da OMS em Angola, Indrajit Hazarika, citado no comunicado, disse acreditar “firmemente” que Angola tem uma excelente oportunidade de obter financiamento nesta ronda, para reforçar de forma significativa a sua capacidade de resposta a emergências de saúde.
O plano concentra-se em três áreas prioritárias: sistemas de alerta precoce e vigilância de doenças, capacidades laboratoriais humanas e animais e fortalecimento dos recursos humanos e das comunidades, tanto em contextos rurais como urbanos.
Segundo a OMS, no domínio da vigilância e alerta precoce, Angola aposta no reforço da capacidade comunitária e institucional, através da formação de agentes comunitários e equipas de resposta rápida, da implementação de sistemas digitais de informação em saúde e da criação de mecanismos de vigilância baseados em eventos, com foco em doenças humanas e zoonóticas de potencial epidémico.
No que se refere à componente laboratorial, a proposta prevê o reforço das capacidades de diagnóstico e vigilância, incluindo a formação de técnicos, o fortalecimento da vigilância da resistência antimicrobiana, o desenvolvimento de programas de controlo de qualidade e outras, acrescenta-se ainda no comunicado.
Angola enfrenta desde 07 de janeiro uma epidemia de cólera que já matou 586 pessoas e regista um cumulativo de 18.420 casos notificados em 17 das 21 províncias do país, segundo o boletim epidemiológico das últimas 24 horas.
Crédito: Link de origem