Fruticultura impulsiona economia no Piauí com expansão dos Platôs de Guadalupe – 180graus

A fruticultura tem se consolidado como uma das atividades econômicas mais promissoras no interior do Piauí, com destaque para o projeto de irrigação dos Platôs de Guadalupe, no município de mesmo nome. Em 2024, a produção de bananas na região alcançou 14.600 toneladas, com uma produtividade média de 30 mil kg por hectare ao ano. A banana segue como o principal cultivo do perímetro irrigado, onde também se destacam produções de mamão, limão, soja (sementes) e milho (grãos).

Atualmente, o projeto abriga três grandes empresas e 117 pequenos produtores, que ocupam quase 2.700 hectares da primeira etapa do perímetro — esta, por sua vez, possui um total de 3.536 hectares. O Governo do Estado já finalizou os estudos para a concessão da segunda etapa, que prevê investimentos de R$ 1,766 bilhão para implantação da infraestrutura de irrigação de uso comum.

Essa nova etapa do projeto contempla uma área total de 15.442 hectares, com a concessionária responsável pela operação, manutenção, implantação dos sistemas de irrigação e início do cultivo em mais de 10 mil hectares.

O secretário de Irrigação e Infraestrutura Hídrica do Piauí, Firmino Paulo, ressaltou que o projeto está alinhado à meta do governo de transformar o estado em referência nacional na produção de frutas e hortaliças. “Queremos fortalecer a economia dos municípios, aumentar a oferta de alimentos produzidos localmente e reduzir a dependência de outros estados. Isso gera emprego, renda e desenvolvimento para o Piauí”, afirmou.

Além dos Platôs de Guadalupe, os Tabuleiros Litorâneos também estão em processo de concessão por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs). A expectativa é de que a área irrigável de 6.017 hectares nessa região gere 6 mil empregos diretos, com investimento previsto de R$ 853 milhões em infraestrutura e R$ 5,4 bilhões para custeio, operação e manutenção ao longo de 35 anos.

Nos Platôs de Guadalupe, a concessão abrangerá 10.238 hectares irrigáveis, com estimativa de geração de 10 mil empregos diretos, reforçando o papel estratégico da fruticultura no desenvolvimento econômico do estado.