França registra aumento de participação nas eleições;

As eleições legislativas da França, realizadas neste domingo (7), registram a maior participação da população desde 1981, segundo o Ministério do Interior francês.  

Cerca de 59,71% dos eleitores votaram até as 17 horas, o que também indica um aumento de participação na comparação com o primeiro turno, no dia 30 de junho, quando 59,39% dos eleitores haviam votado até o mesmo horário.  

São 49 milhões de franceses que podem votar para escolher os 577 deputados do país. O total de participação no segundo turno das eleições foi estimado em 67% pelos institutos Ipsos e OpinionWay, contra 66,7% no primeiro turno. Seria um um recorde desde as eleições legislativas antecipadas de 1997.

No primeiro turno, foram eleitos 76 parlamentares, para as 577 cadeiras da Assembleia Nacional.  

Do total: 39 são do partido de extrema direita Reunião Nacional (RN); 32 da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP); dois da aliança do atual presidente, Emmanuel Macron; dois de legendas independentes da direita; e um do partido conservador Os Republicanos. 

Na votação atual, dois territórios ultramarinos franceses, Martinica e Guadalupe, e a Guiana Francesa escolheram deputados da esquerda. Na Guiana Francesa, dois deputados da Nova Frente Popular, de esquerda, se reelegeram.

Pesquisas divulgadas pelo instituto Opinion Way, na sexta-feira (05) indicam que o partido de extrema direita Reunião Nacional deve conseguir maioria simples na Assembleia Legislativa francesa, com até 230 assentos. No entanto, ficaria distante dos 289 assentos necessários para obter a maioria absoluta e governar sem alianças.

A coligação de esquerda Nova Frente Popular tem perspectiva de chegar a até 175 deputados, ainda segundo o Opinion Way. Já a aliança de centro-direita Juntos, capitaneada pelo presidente Emmanuel Macron, pode alcançar até 162 vagas na Assembleia Nacional.

Os primeiros resultados gerais do segundo turno das eleições legislativas da França devem ser divulgados a partir das 20 horas pelo horário de Paris, 15h em Brasília. 

Edição: Rodrigo Gomes