O governo francês anunciou planos para construir uma prisão de segurança máxima na Guiana Francesa, destinada a detentos envolvidos no tráfico de drogas e radicalismo islâmico. Com investimento de US$ 450 milhões, a unidade terá capacidade para 500 presos, incluindo 60 vagas para regimes de alta segurança, sendo 15 delas reservadas a condenados por radicalismo. A localização, próxima a uma antiga colônia penal em Saint-Laurent-du-Maroni, visa isolar líderes criminosos de suas redes, segundo o ministro da Justiça, que destacou a estratégia de combate ao crime organizado.
A decisão gerou protestos entre moradores e autoridades locais, que afirmam não ter sido consultados sobre o projeto. Líderes da Guiana Francesa criticaram a medida, alegando que a prisão, originalmente planejada para reduzir a superlotação carcerária, agora servirá para transferir presos de alta periculosidade da França continental. Um representante local classificou a iniciativa como “um retrocesso colonial” e exigiu a revisão do plano.
A região, que já abrigou uma infame colônia penal no século XIX, enfrenta altos índices de criminalidade e é um ponto estratégico para o tráfico de drogas devido à proximidade com Suriname e Brasil. O governo francês defende que a nova prisão é essencial para desarticular redes criminosas, mas a falta de diálogo com as autoridades locais ampliou as tensões sobre o projeto, previsto para inaugurar em 2028.
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