FIFA pune Guiné Equatorial por utilizar jogador de forma irregular durante… 11 anos – Internacional

Emilio Nsue é o melhor marcador da história do país, mas nunca esteve legalmente autorizado a jogar



• Foto: Getty Images


É um história no mínimo caricata. Emilio Nsue, avançado de 34 anos atualmente vinculado aos espanhóis do Intercity, é o melhor marcador da história da seleção da Guiné Equatorial… mas não devia sequer ter disputado uma partida oficial pela equipa africana. Pelo menos é essa a decisão da FIFA, que depois de analisar o caso (pela segunda vez) concluiu que o avançado alinhou de forma indevida pela seleção daquele país ao longo dos mais de 11 anos de carreira internacional. Uma carreira na qual disputou 43 partidas e marcou 22 golos. Cinco deles na CAN’2023, prova onde até foi o melhor marcador!

Em função desta decisão do Comité Disciplinar da FIFA, a Guiné Equatorial vê ser-lhe aplicada a pena de derrota nos dois jogos de qualificação para o Mundial’2026 que disputou no passado mês de novembro, diante da Namíbia e Libéria. Curiosamente, ambas as partidas acabaram em 1-0 e foram decididas por golos de Nsue. Um jogador que nunca teve autorização formal para jogar por aquele país…

Em causa está o facto de, antes de se ter oficialmente naturalizado pelo país africano, Nsue ter disputado torneios oficiais pela Espanha, nomeadamente um Europeu de Sub-21. O mais peculiar nisto tudo é que o avançado já tinha sido suspenso pela FIFA em 2013, precisamente por ter jogado sem a devida autorização e, quase como se um fantasma se tratasse, voltou a jogar durante 11 anos… até voltar a ser punido.

E relativamente a esses onze anos a jogar sem autorização, período no qual disputou os torneios de qualificação para os Mundiais de 2018 e 2022, a FIFA não irá avançar com qualquer punição, até porque esses torneios acabaram por não resultar em qualquer conquista ou apuramento por parte dos africanos. Como a atual competição (qualificação para o Mundial’2026) está em andamento, é aí que a pena de derrota terá um real efeito.

Nsue e a Federação da Guiné Equatorial podem recorrer desta decisão.

Por Record


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