Ex-primeira-dama do Peru pede refúgio para permanecer no Brasil

Quem decidirá sobre o caso é o Comitê Nacional para os Refugiados; ela e o filho poderão ficar no país até a decisão final

Depois de receber salvo-conduto para vir ao Brasil, a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia Alarcón pediu à PF (Polícia Federal) o reconhecimento da condição de refugiados para ela e seu filho, que é menor de idade. A solicitação foi realizada nesta 4ª feira (16.abr.2025), quando ela desembarcou em Brasília.

Quem decidirá sobre a concessão do refúgio será o Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Alarcón e o filho poderão ficar em território brasileiro até a decisão final.

A ex-primeira-dama e o marido, o ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016), foram condenados pela Justiça peruana a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro durante a campanha eleitoral de 2011.

Os recursos ilícitos teriam vindo da empreiteira brasileira Odebrecht, hoje chamada Novonor. Ambos negam as acusações.

O julgamento levou 3 anos. Durante esse período, o ex-presidente do Peru manteve a tese de perseguição política. Humala e Alarcón podem recorrer da sentença, mas a prisão já está em vigor.

Leia a íntegra da nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil:

“A senhora Alarcón e o seu filho obtiveram, em 15/4, a concessão de asilo diplomático, nos termos da Convenção de Asilo Diplomático, assinada em Caracas, em 28 de março de 1954, da qual ambos os países são parte.

“Nos termos do Artigo 12 da mencionada Convenção, o governo do Peru outorgou as garantias e o salvo-conduto correspondente, permitindo que a Senhora Alarcón e o seu filho pudessem deixar o território peruano, com destino ao território brasileiro.

“A Senhora Alarcón e o seu filho passarão, agora, pelos procedimentos necessários para sua regularização migratória no Brasil.”


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