Segundo diplomatas e autoridades brasileiras envolvidas no caso, Nadine foi orientada a pedir o refúgio porque ele é autodeclaratório. Por meio desse caminho, a ex-primeira-dama apresentará seu relato e explicará os motivos que a fizeram buscam proteção no Brasil, sem a necessidade de incluir provas documentais.
Esse processo será analisado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), que está no guarda-chuva do Ministério da Justiça.
Essa opção foi vista como a mais adequada por integrantes do governo federal do que conceder à ex-primeira-dama peruana o asilo político. Isso porque o asilo político se aplica a pessoas que são perseguidas especificamente por razões políticas, como nos casos de opositores de regimes autoritários, e precisaria ser concedido diretamente pelo presidente Lula.
Nadine e o marido, o ex-presidente Ollanta Humala, foram condenados na terça-feira a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro em um caso relacionado à prática de caixa 2 envolvendo a empreiteira Odebrecht.
Humala, de centro-esquerda, presidiu o Peru entre 2011 e 2016 e sua esposa foi uma figura forte do governo à época. Ele foi preso logo após a emissão da sentença, em Lima, e não pediu asilo.
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