A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou, nesta terça-feira, 22, um pedido de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar o uso de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) no transporte de Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru condenada a 15 anos de prisão em seu país natal, ao Brasil. O autor do requerimento é o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que acusou o governo Lula de proteger condenados por corrupção com dinheiro do contribuinte.
“O governo Lula usou avião da FAB para trazer ao Brasil uma condenada por corrupção no Peru, uma condenada na Operação Lava Jato e com fortes ligações com Lula”, escreveu o senador no seu perfil no X. “Nadine Heredia foi recebida com tapete vermelho, custeada pelo contribuinte.”
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“O governo precisa explicar mais esse absurdo”, reclamou o parlamentar, que é o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Queremos saber quem autorizou e por quê. Proteção a corrupto agora é política de Estado?”
Asilo político a ex-primeira-dama do Peru é alvo de requerimentos
Além da auditoria aprovada na Comissão de Segurança Pública, os senadores aprovaram um pedido de informações ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
Já a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou um convite ao chanceler Mauro Vieira para prestar esclarecimentos sobre o episódio. A audiência deve ocorrer em maio, segundo o presidente do colegiado, senador Nelsinho Trad (PSD-MS).
Nadine chegou ao Brasil na quarta-feira 16, acompanhada do filho menor de idade, em um avião da FAB. A ex-primeira-dama e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, receberam condenação de 15 anos de prisão pela Justiça do Peru por receberem propina da empreiteira brasileira Odebrecht (atualmente em operação com o nome Novonor) para campanhas eleitorais.
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Nadine apresentou um pedido de refúgio ao governo brasileiro. O Comitê Nacional para os Refugiados, vinculado ao Ministério da Justiça, é quem analisará o pedido.
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