EUA testam tecnologia que lança satélites a 8.000 km/h sem foguetes e com baixo custo, usando um ‘canhão giratório gigante’ — China acompanha de perto

Uma nova tecnologia pode mudar o futuro das missões espaciais. Em vez de foguetes, uma empresa americana quer lançar satélites com um canhão giratório gigante. A proposta é ousada, mas já está em fase de testes e chama a atenção até da China.

A ideia vem da SpinLaunch, que desenvolveu um sistema chamado Acelerador Suborbital. Ele funciona como uma centrífuga selada a vácuo, capaz de lançar objetos a velocidades de até 8.000 km/h.

Com esse método, já foram feitos dez voos suborbitais bem-sucedidos. O próximo passo será uma demonstração orbital completa.

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Satélites como panquecas

O sistema não usa foguetes nem combustão. Em vez disso, aposta na energia cinética para jogar satélites pequenos direto para o alto.

Esses satélites têm cerca de 2,3 metros de largura, pesam 68 quilos e são achatados, parecendo panquecas. Eles são feitos para suportar forças altíssimas, chegando a 10.000 vezes a força da gravidade.

Com isso, eles ficam mais leves e compactos que os modelos tradicionais. A ideia é lançar microssatélites com mais rapidez e menos custo. Isso muda completamente o modelo atual de transporte espacial, que ainda depende de foguetes grandes e caros.

Vantagem no preço e no meio ambiente

Segundo a SpinLaunch, cada quilo lançado poderá custar entre US$ 1.250 e US$ 2.500. Hoje, empresas como a SpaceX cobram mais de US$ 5.000 por quilo com seus foguetes.

Além disso, o sistema da SpinLaunch não queima combustível. Isso significa que ele não emite gases poluentes durante os lançamentos.

Sem motores, sem exaustão e sem combustíveis perigosos. A proposta é muito mais ecológica. E, num momento em que a indústria espacial sofre pressão para reduzir sua pegada de carbono, essa diferença pode fazer toda a diferença.

Apoio financeiro e metas ambiciosas

A SpinLaunch já arrecadou quase US$ 150 milhões. Só recentemente, recebeu mais US$ 12 milhões da Kongsberg Defence and Aerospace, da Noruega. Esse dinheiro já está sendo usado. A parceira NanoAvionics está construindo 250 satélites chamados Meridian. Eles devem ser lançados em 2026.

A meta da empresa é realizar até cinco lançamentos por dia no futuro. Isso mostra o quanto o projeto está avançado. Mas o sucesso da SpinLaunch não passou despercebido em outras partes do mundo.

Reação imediata da China ao sistema de lançamento de satélites

A China já colocou suas agências de vigilância orbital em alerta. O governo quer acompanhar de perto os avanços da empresa americana. O motivo é claro: o espaço está ficando mais disputado. E um novo método de lançamento barato e rápido pode mudar tudo.

Com o aumento de satélites em órbita, cresce o risco de interferência de sinal e até colisões. A China também se preocupa com sua própria constelação de satélites, a Guowang, que pode ser afetada por novos competidores ocupando o mesmo espaço.

Além do impacto comercial, existem possíveis implicações militares. Um sistema capaz de lançar sensores e equipamentos sob demanda pode servir para fins de vigilância e comunicação. Isso pode mudar o equilíbrio entre países e forçar novas regras para o uso do espaço.

Por isso, analistas estratégicos estão de olho no projeto. Tanto nos Estados Unidos quanto na Ásia, cresce a atenção em torno da SpinLaunch. A corrida espacial pode ganhar um novo ritmo com essa tecnologia.

Perguntas sem resposta

Apesar dos testes promissores, ainda existem desafios. O principal é alcançar a velocidade orbital com precisão. Lançar um objeto no espaço não basta. Ele precisa entrar em órbita correta e funcionar sem motores adicionais. Isso ainda precisa ser provado.

Também há dúvidas sobre o controle do tráfego espacial. Com o aumento do número de satélites, será preciso evitar colisões e excesso de detritos. Astrônomos já alertam sobre a poluição luminosa causada por grandes constelações em órbita.

Essas questões ainda não têm resposta clara. Mas fazem parte de qualquer inovação que pretende mudar a maneira como acessamos o espaço.

Uma mudança que pode alcançar todos

Se der certo, o impacto será grande. A tecnologia pode democratizar o acesso ao espaço, abrindo caminho para startups e países menores. Isso pode facilitar novos tipos de pesquisas, redes de comunicação e monitoramento climático.

A ideia da SpinLaunch parece saída de um filme de ficção. Mas é real. E está avançando rápido. Se funcionar, não será apenas uma mudança de tecnologia. Será uma mudança de quem pode participar da nova era espacial.

O mundo está observando. E, com cada teste, a corrida por um espaço mais acessível e sustentável gira um pouco mais depressa.

Com informações de Jason Deegan.

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