EUA pedem a cidadãos que deixem a Venezuela e evitem viajar ao país

Os Estados Unidos emitiram nesta terça-feira um alerta pedindo aos seus cidadãos que não viagem à Venezuela “por nenhum motivo” e “abandonem imediatamente” o país se estiverem nele, informou o Departamento de Estado.

Em 2018, o Tribunal Penal Internacional (TPI) abriu um processo de investigação por supostos crimes contra a Humanidade no país sul-americano. A situação piorou após a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2024. A oposição alega que seu candidato, o exilado Edmundo González Urrutia, venceu essas eleições.

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Os americanos na Venezuela “enfrentam um risco significativo e crescente de detenção injusta”, afirma o Departamento de Estado em um comunicado. “Não viaje à Venezuela por nenhum motivo”, insiste.

Atualmente, mais cidadãos americanos estão detidos injustamente na Venezuela do que em qualquer outro país, segundo o governo do presidente Donald Trump.

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Washington atribui ao país o mais alto nível de alerta de viagem, o 4, que desaconselha viajar, “devido a graves riscos, como detenção injusta, tortura durante a detenção, terrorismo, sequestro, práticas policiais injustas, crimes violentos, distúrbios civis e cuidados médicos inadequados”, acrescenta a nota.

Embaixadas americanas nos países de fronteira e com conexões aéreas diretas para a Venezuela emitiram alertas de segurança sobre esses riscos.

As forças de segurança venezuelanas prenderam americanos por até cinco anos “sem respeitar o devido processo, em condições duras, incluindo tortura, frequentemente baseando-se unicamente na sua nacionalidade ou passaporte americano”, diz o Departamento de Estado. O governo de Trump, que cortou laços diplomáticos durante o primeiro mandato do republicano, em 2019, não tem embaixada ou consulado na Venezuela e afirma que Caracas não informa sobre as detenções.

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“Aos detidos é frequentemente negado o acesso a familiares e assistência legal” e os Estados Unidos “não podem fornecer assistência consular”, avisa.

A nota acrescenta ainda que os americanos que visitam familiares correm o mesmo perigo, assim como seus entes queridos. A dupla cidadania, um visto venezuelano, ter viajado anteriormente ao país ou ter um emprego na Venezuela não protegem os viajantes americanos.

Washington recomenda a todos os americanos na Venezuela que “abandonem o país imediatamente”, tanto se tiverem nacionalidade americana quanto uma autorização de residência nos Estados Unidos.

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