EUA oferecem R$ 56 mi por informações do Hezbollah em fronteira com Brasil

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira (19/5), que vai oferecer até US$ 10 milhões (cerca de R$ 56,5 milhões, na cotação atual) por informações a respeito de “redes financeiras” do Hezbollah na região de limite entre Brasil, Argentina e Paraguai. O objetivo é desarticular “mecanismos” envolvendo dinheiro do grupo libanês na área.  

Em anúncio publicado no X, o perfil oficial do departamento Recompensas pela Justiça (RFJ, na sigla em inglês), do Serviço de Segurança Diplomática, informou que o movimento “opera em regiões distantes da base no Líbano, incluindo a América do Sul”. Por isso, pede para que cidadãos que tenham indicações “sobre contrabando, lavagem de dinheiro ou outros mecanismos financeiros do Hezbollah na Tríplice Fronteira entrem em contato. 

De acordo com o governo norte-americano, as redes financeiras do grupo na América do Sul gerariam receita, especialmente na área fronteiriça, por meio de, entre outros, “narcotráfico, falsificação de dólares americanos, comércio ilícito de diamantes e contrabando de grandes quantias em dinheiro, carvão, cigarros e petróleo”. 

Além disso, segundo o RFJ, o Hezbollah também se envolveria em atividades comerciais aparentemente legítimas, como construção, comércio de importação e exportação e vendas de imóveis. 

“Você tem informações sobre as atividades financeiras do Hezbollah na Área da Tríplice Fronteira?”, pergunta o informe. “Envie uma mensagem de texto via Signal, Telegram, WhatsApp ou nossa dica baseada em Tor (software que proporciona comunicação anônima). Você pode ser elegível para uma recompensa e realocação.” 

Segundo a agência de notícias France-Presse, o Recompensas pela Justiça pagou, desde a criação em 1984, mais de US$ 250 milhões (R$ 1,4 bilhão) a mais de 125 pessoas ao redor do mundo. Esses contribuintes teriam ajudado os Estados Unidos a “resolver ameaças à segurança nacional”. 

O país norte-americano considera o Hezbollah “organização terrorista estrangeira” desde 1997. O governo garante que o grupo libanês recebe armas, treinamento e financiamento do Irã, além de gerar cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5,65 bilhões) por ano devido não apenas a apoio iraniano, mas a “negócios e investimentos, internacionais, rede de doadores, corrupção e atividades de lavagem de dinheiro”. 


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