EUA felicitam São Tomé por 49 anos de independência e defendem aumento de cooperação
Blinken expressou interesse em que ambos os países continuem a aumentar a cooperação no próximo ano.
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Palácio Presidencial São Tomé e Príncipe
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, felicitou esta sexta-feira o povo de São Tomé e Príncipe pelos 49 anos de independência e expressou interesse em que ambos os países continuem a aumentar a cooperação no próximo ano.
“Em nome dos Estados Unidos da América (EUA), é meu prazer desejar ao povo de São Tomé e Príncipe os meus sinceros parabéns pela comemoração dos 49 anos de independência em 12 de julho”, indicou Blinken em comunicado.
O líder da diplomacia norte-americana admitiu estar “orgulhoso” pela forma em que os dois países “continuam a expandir o relacionamento bilateral” e disse esperar “que os Estados Unidos e São Tomé e Príncipe continuem a aumentar a cooperação no próximo ano, promovendo valores compartilhados como segurança marítima e crescimento económico”.
“Parabéns pela sua independência e votos de felicidades ao povo são-tomense”, concluiu.
A independência do país, uma antiga colónia portuguesa, foi oficializada em 12 de julho de 1975, com o poder a passar para o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP).
Além de Blinken, também o embaixador norte-americano Tulinabo Mushingui abordou as relações entre os dois países, afirmando que os Estados Unidos não estão preocupados com o acordo militar assinado entre São Tomé e Rússia, e que querem fortalecer a relação com o arquipélago, que consideram “parceiro muito importante” no atlântico”.
“Há a liberdade para todos nós termos muitos amigos. O meu foco é ver o que os Estados Unidos da América podem continuar a fazer com São Tomé. Não me preocupa muito o que São Tomé está a fazer com outros países”, disse Tulinabo Mushingui, quando questionado pela Lusa sobre a visão dos EUA face ao referido acordo.
O diplomata norte-americano que falava quinta-feira na capital são-tomense, após um encontro de mais de uma hora com o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, disse que o seu país tem mais interesse em ver como é possível “continuar a avançar juntos” com o Governo são-tomense “e produzir alguns resultados positivos” para o povo.
“Nós estamos engajados, nós já decidimos ficar cá. São Tomé é um parceiro muito importante nesta região do oceano Atlântico. Nós queremos (…) fortalecer essa relação, [pelo que] vamos continuar a identificar áreas de sinergia que possam beneficiar o povo americano e o são-tomense”, sublinhou Tulinabo Mushingui.
Em maio, São Tomé e Príncipe assinou um acordo técnico militar com a Rússia, em que é previsto formação e utilização de armas, equipamentos militar e visitas de aviões, bem como navios de guerra e ainda embarcações russas ao arquipélago.
Antes do encontro com o primeiro-ministro, o embaixador norte-americano foi recebido pelo Presidente da República Carlos Vila Nova, tendo revelado, no final do encontro, o encerramento da base de transmissão da Voz de América instalada no arquipélago há mais de 30 anos.
“Muita gente está a receber notícias através de outras fontes e não por ondas curtas. O orçamento está muito difícil em Washington e estamos no ano eleitoral e a Voz da América comparou o que está a gastar em relação ao número de ouvintes e decidiu que não faz sentido continuar a emitir notícias através de ondas curtas”, explicou.
O diplomata norte-americano está em São Tomé e Príncipe, onde promoveu na quarta-feira uma receção aos membros do Governo são-tomense e representantes de instituições públicas e privadas do arquipélago para celebrar a independência dos EUA comemorado a 04 de julho, e participou hoje na comemoração dos 49 anos da independência de São Tomé e Príncipe.
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