Estudo vai avaliar impacto económico da pesca desportiva em Portugal

O presidente da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, Carlos Batista, anunciou, esta sexta-feira, a realização de um estudo sobre o impacto económico do setor, em parceria com a Universidade de Évora e o Instituto Politécnico de Santarém.

O objetivo é quantificar o contributo da pesca desportiva para a economia local e nacional, fornecendo dados concretos para fundamentar futuras estratégias e apoios institucionais.

Em declarações aos jornalistas, durante a inauguração da MoraPesca, o presidente da Federação, Carlos Batista, sublinhou a importância desta iniciativa, que considera um marco para a modalidade. «É uma luta que tenho há mais de dez anos. A pesca desportiva é um dos poucos desportos que mobiliza atletas e equipas durante semanas para treinos, reconhecimento das pistas e competições, o que gera um impacto significativo na economia local», afirmou.

O dirigente destacou que, além das provas em si, há um conjunto de despesas associadas que dinamizam a restauração, a hotelaria e o comércio. «Agora vejam o que será: 15 dias, três semanas, talvez um mês de pessoas a comer, a dormir, a consumir combustíveis, iscos, linhas, entre outros produtos. Estes valores, sem um estudo, são difíceis de calcular», referiu.

O estudo, segundo Carlos Batista, será uma ferramenta essencial para a Federação apresentar argumentos concretos junto das autarquias e do Governo. «Com este documento, podemos demonstrar que apoiar a pesca desportiva tem um retorno real para os municípios. Podemos chegar às câmaras municipais e dizer: ‘se nos apoiarem nisto, temos aqui a prova de que vale a pena’. Sem esta base científica, torna-se mais difícil demonstrar a verdadeira dimensão do nosso desporto», explicou.

O dirigente recordou ainda uma experiência anterior com a Universidade da Beira Interior, quando se tentou avançar com um estudo semelhante no contexto de um Campeonato do Mundo de Pesca à Mosca, na Serra da Estrela. «Na altura, o reitor achou a ideia muito interessante e prometeu avançar com um estudo. No entanto, nunca mais houve um seguimento concreto», lamentou.

Agora, com o envolvimento da Universidade de Évora e do Politécnico de Santarém, a Federação espera finalmente obter um levantamento exaustivo do impacto da modalidade. «Quando os resultados forem conhecidos, acredito que vamos perceber que o valor gasto por pescador, incluindo treinos e competição, pode atingir os 500 euros por cada quilo de peixe apanhado ou até mais. Isto demonstra a enorme importância económica da pesca desportiva», concluiu Carlos Batista.

A iniciativa surge num momento em que Mora se prepara para acolher o Campeonato do Mundo de Veteranos, reforçando o reconhecimento da pista de pesca de Cabeção como uma das melhores do país.

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