Estudo coloca Cabo Verde acima da média de África na prestação de serviços

Nas cinco dimensões avaliadas, “a prestação de serviços é mais elevada na inclusão socioeconómica (66,81). Seguem-se a energia e eletricidade (64,21), industrialização (47,32), integração regional (45,94) e soberania alimentar (39,58).

 

O estudo, relativo a 2024, incluiu um inquérito e os agregados familiares em Cabo Verde classificaram a qualidade e a prestação de serviços como “moderadamente satisfatórias”.

Os desafios do arquipélago incluem “a produção agrícola fragmentada, a elevada exposição às alterações climáticas, a baixa qualidade da produção e a deficiente logística de transporte interilhas”, indica. 

As tecnologias “obsoletas e vulneráveis” ao clima contribuem para uma baixa produtividade na agricultura, enquanto no setor industrial os desafios incluem “o elevado custo da eletricidade, a insuficiência de tecnologia e qualificação”.

Entre os 53 países avaliados, Cabo Verde é o melhor classificado dos lusófonos (12.º do continente, com 51,69 pontos), num ‘ranking’ em que as ilhas Maurícias ficaram em primeiro lugar com 59,96 pontos, seguindo-se o Egipto (58,99) e a África do Sul (58,89).

O BAD apresentou o PSDI como “um recurso inovador que oferece informações valiosas para ajudar a impulsionar mudanças positivas na prestação de serviços públicos essenciais”.

“A urgência em abordar a prestação de serviços públicos em África é salientada pelo ritmo lento de melhoria da qualidade de vida dos africanos. No entanto, a qualidade dos serviços raramente é avaliada” e é essa “lacuna” que o novo índice pretende preencher, explicou a instituição.

Elaborado pelo Instituto Africano de Desenvolvimento — o ponto focal do grupo BAD para apoio ao desenvolvimento de capacidades institucionais nos seus países-membros regionais — em parceria com partes interessadas, o relatório pretende servir de “ponto de partida para discussões sobre como melhorar a transparência e a prestação de contas na prestação de serviços públicos. Será revisto e reformulado nos relatórios bienais subsequentes”, concluiu.

*** A Lusa viajou a convite do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) ***

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