O Fórum Internacional de Juventude “Rússia – Ásia: Potencial de Recursos Humanos da Indústria Nuclear da Região” foi realizado na Universidade Russa de Amizade dos Povos, em Moscou.
Na abertura do evento, especialistas renomados da indústria nuclear, provenientes da Rússia, Vietnã, Mianmar, Bangladesh e outros países, compartilharam suas contribuições.
Em seu discurso em vídeo, o vice-presidente do Conselho da Federação Russa, Konstantin Kosatchev, destacou que cerca de 60 novos reatores nucleares estão sendo construídos ao redor do mundo, a maioria deles na Ásia. Kosatchev também ressaltou os avanços da Rússia no desenvolvimento de sua indústria nuclear.
“A indústria nuclear doméstica é uma das mais avançadas e tecnologicamente sofisticadas […] A participação da geração nuclear na produção total de eletricidade é de cerca de 20%, o que significa que uma a cada cinco lâmpadas na Rússia acende graças ao trabalho das usinas nucleares. Além disso, temos objetivos ainda mais ambiciosos: até 2045, esperamos aumentar essa participação para 25%”, afirmou.
Por sua vez, o vice-ministro da Ciência e Educação Superior, Konstantin Moguilevski, enfatizou que a cooperação da Rússia com os países asiáticos nesse setor é baseada em unidade e pragmatismo, e que a principal missão do ministério é garantir que os estudantes recebam uma educação de alta qualidade, promovendo também o intercâmbio de conhecimentos.
O fórum também incluiu sete seções temáticas: “Movimentos e organizações juvenis/comunitárias”, “Contribuição de graduados para o desenvolvimento da região”, “Reatores nucleares”, “Segurança radiológica”, “Medicina nuclear”, “Agrotecnologias” e “Ecologia”. A seção de ecologia abordou questões de desenvolvimento sustentável. A participante da Indonésia, Yusriani Mardhiyyah Arifin, apresentou uma pesquisa sobre as mudanças na vegetação e urbanização ao redor das falhas tectônicas na região de Bandung, utilizando imagens de satélite para analisar como a urbanização impacta o ecossistema local.
Participantes de Mianmar, Ye Yan Naing e Htun Htun Aung, apresentaram métodos seguros e ecológicos para a síntese de enxofre polimérico utilizando química de alta energia, enquanto Hossain Sijan, de Bangladesh, compartilhou ferramentas digitais voltadas para a educação ambiental.
Na seção “Medicina Nuclear”, especialistas discutiram a terapia com nêutrons, uma forma de radioterapia que utiliza nêutrons para destruir células cancerígenas, explorando também o potencial da medicina nuclear no tratamento de glioblastomas, além de discutir a concepção de centros de reabilitação baseados em energia nuclear.
Este é o primeiro fórum internacional de juventude dessa natureza, com o objetivo de popularizar e promover a educação nuclear russa no mundo, aumentando o interesse e a confiança nas tecnologias nucleares. Desde 2020, também ocorre o fórum “Rússia – África: Educação Nuclear como Potencial para o Desenvolvimento Bem-Sucedido da Região”.
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