Esther Garcia product manager da Privilege Tours DMC em São Tomé anuncia para setembro abertura de um hotel “arrojado” do grupo

Esther Garcia, uma espanhola nascida em Segóvia, foi a responsável pela conceção do programa dos agentes de viagem que fizeram parte da fam trip a São Tomé e Príncipe, organizada pela Solférias. Razões suficientes para que o Turisver, que participou na viagem a convite do operador, estivesse à conversa com a product manager da Privilege Tours, DMC sediada em São Tomé.

Por Fernando Borges

Como nasceu a Privilege Tours?

A Privilege Tours nasceu em 2007, criada por dois espanhóis. Em 2021 o meu marido comprou a empresa que faz parte de uma holding empresarial da qual sou product manager, a The Africana Project, uma consultora estratégica de diversos projetos, nomeadamente, de engenharia, arquitetura, sociais e de desenvolvimento humano, para além de turísticos, que em São Tomé e Príncipe é a principal atividade da empresa.

Como aparece uma mulher de nacionalidade espanhola em São Tomé?

Eu e o meu marido estávamos a viver na Guiné Equatorial quando conhecemos São Tomé e Príncipe como turistas, e enamorámo-nos do país. Regressámos depois a Espanha, e aí decidimos começar do zero, criando diversos projetos empresariais turísticos e sociais e a pensar muito nestas ilhas, pois desde que as visitámos pela primeira vez elas ficaram em nós. como parte da nossa vida pessoal e profissional futura.

Que programas e serviços são oferecidos pela Privilege Tours?

Desde que passámos a ter nas mãos a direção da Privilege Tours, o nosso projecto imediato foi entrar em São Tomé e Príncipe como agentes de viagens para oferecer, para além de tours, a criação de programas à medida e serviço de rent-a-car.

Quais são os serviços e excursões mais procuradas?

Para além do rent-a-car, e como programa de agente de viagens, estamos mais direcionados para grupos e tours. Em termos de excursões, as mais procuradas são as que temos para a zona sul, por causa das praias, e para o centro da ilha pelo seu património natural e diversidade geológica, porque é aí que se encontra, por exemplo, um dos mais emblemáticos ícones de São Tomé, o Pico Cão Grande, uma imagem obrigatória em qualquer fotografia de qualquer turista que venha a esta ilha.

“Não falo daquilo que à segurança física e pessoal diz respeito, porque nesse aspeto São Tomé é um país sem problemas, muito seguro, mas sim no que diz respeito, por exemplo, aos acessos, com as estradas a apresentarem uma grande degradação, o que acaba por não ser cativante, e no que ao apoio à saúde diz respeito”

Quais são as maiores dificuldades que se apresentam a um DMC em São Tomé?

Uma das maiores dificuldades que temos desde o início é conseguir profissionais especializados, o que nos obriga a mudar muitas vezes de funcionários na tentativa de conseguir captar os que possam corresponder da melhor forma às nossas necessidades e às dos clientes. É um constante desafio, pois que muitos dos melhores profissionais são-tomenses emigram, em especial para Portugal, para aí trabalharem.

Na sua opinião, o que é que São Tomé tem de melhor para oferecer aos visitantes? Equais são as principais insuficiências ou debilidades que aponta?

Como o melhor que tem para oferecer está o facto de ser África. Mas uma África super amável, onde a cultura, a gastronomia, as praias, a sua história, são um atrativo turístico muito grande. E como desafio principal que se lhe apresenta neste momento, é ter que melhorar as infraestruturas. Melhorado este aspeto, os turistas passarão a ter e a sentir maior segurança para virem. Não falo daquilo que à segurança física e pessoal diz respeito, porque nesse aspeto São Tomé é um país sem problemas, muito seguro, mas sim no que diz respeito, por exemplo, aos acessos, com as estradas a apresentarem uma grande degradação, o que acaba por não ser cativante, e no que ao apoio à saúde diz respeito.

Em setembro, a Privilege Tours tem previsto inaugurar um hotel com um conceito arrojado, completamente diferente da oferta que existe. Que hotel será esse?

Sim, temos previsto abrir um hotel Roulotte Beach, inspirado nos hotéis dos anos 50, um conceito completamente diferente do que temos em São Tomé, um hotel sustentável e ao mesmo tempo divertido. É uma grande e arrojada aposta que por certo cativará um tipo de turistas diferente, um turista que procura experiências inovadoras.

Que importância têm para a Privilege Tours ações como esta fam trip da Solférias?

É muito importante, porque os operadores internacionais, neste caso de Portugal, querem conhecer e dar a conhecer diretamente da nossa mão estas ilhas, este destino, fazendo com que seja muito diferente e muito mais eficaz a forma como aprendem sobre São Tomé e Príncipe, permitindo que depois possam passar aos seus clientes, igualmente de uma forma muito mais eficaz e cheia de sensações e emoções, informações sobre estas ilhas, o que ajudará e muito numa decisão final, passando esses agentes a ser a primeira porta de entrada neste fantástico e incomparável destino.