Esportes femininos: receita global deve ultrapassar US$ 2 bilhões em 2025 – Portal IN – Pompeu Vasconcelos
Das 20 medalhas conquistadas pelo Brasil nos jogos de Pari, 12 foram por atletas femininas. A atleta Rebeca Andrade trouxe para casa quatro medalhas
Os esportes femininos estão experimentando um crescimento significativo ao longo dos últimos anos, com um aumento notável na receita global. A Deloitte projeta que, em 2025, a receita do setor atingirá US$ 2,35 bilhões (R$ 13,3 bilhões), um avanço considerável em relação aos US$ 1,88 bilhão (R$ 10,6 bilhões) de 2024. Esse crescimento é impulsionado principalmente por patrocínios e parcerias comerciais, que representam a maior parte da receita, além do aumento na transmissão de eventos esportivos.
O futebol e o basquete continuam sendo os esportes mais populares no cenário feminino. A projeção é que, em 2025, o basquete ultrapasse o futebol em termos de receita, alcançando 44% da receita global, enquanto o futebol representará 38%. Nos Estados Unidos, eventos como o torneio de basquete universitário “March Madness” e a National Women’s Soccer League (NWSL) têm registrado audiências recordes, refletindo a crescente popularidade desses esportes.
A América do Norte lidera na geração de receita, com uma previsão de 59% da receita global em 2025. A Europa também se destaca, com 18% da receita, enquanto países como Marrocos, Japão e Austrália estão adotando cada vez mais os esportes femininos. A expansão do mercado é uma das chaves para esse crescimento, além do aumento dos investimentos em infraestrutura e visibilidade global.
Atletas de diferentes esportes estão se destacando, como Ilona Maher, jogadora de rúgbi, que se tornou uma das mais seguidas nas redes sociais e ajudou a atrair mais investimentos para o esporte. A Women’s Premier League de críquete e a League One Volleyball são exemplos de eventos que também têm atraído grande atenção e investimentos significativos. Esse cenário está ampliando o apelo do esporte feminino ao redor do mundo.
Olimpíadas
Um estudo da organização “Women in Sport” revelou que as mulheres receberam apenas 43% da atenção da mídia durante as Olimpíadas de 2024, embora tenham conquistaram 53% do engajamento nas redes sociais.
Das 20 medalhas conquistadas pelo Brasil nos jogos de Paris, 12 foram por atletas femininas. Entre os quatro brasileiros com múltiplas medalhas, três foram mulheres: Beatriz Souza e Larissa Pimenta, ambas com duas medalhas, e Rebeca Andrade, que trouxe para casa quatro medalhas.
Futuro
O futuro dos esportes femininos parece promissor, com expectativas de crescimento contínuo e maior profissionalização. Eventos como a Copa do Mundo de Rúgbi Feminino e a Copa do Mundo Feminina da FIFA, em 2027, devem consolidar o impacto global do setor. A Deloitte destaca a importância de uma estratégia de crescimento sustentável, que inclua investimentos em infraestrutura, parcerias sólidas e uma maior conexão com os fãs para garantir que o setor continue a se expandir.
Crédito: Link de origem