Estudante do curso de jornalismo da Unifacs, Rafa Reina vem conquistando espaço no jornalismo esportivo baiano
Por Mariana Figueiredo e Tayne Lima
Revisão Lucca Anthony
Jornalista Rafa Reina/Acervo Pessoal
O início das mulheres no jornalismo esportivo ocorreu de forma bastante tardia, tendo em vista que o cenário esportivo sempre foi predominantemente dominado por homens, tanto nos bastidores quanto na cobertura. Só nos anos 70, as mulheres começaram a ganhar maior espaço, quebrando estereótipos e conquistando posições de destaque como repórteres, comentaristas e apresentadoras.
Trinta anos antes, porém, na década de 1940, a participação das mulheres no jornalismo esportivo se iniciou no Brasil com Maria Helena Rangel, estudante da faculdade Cásper Líbero. Maria Helena foi convidada a participar da Gazeta Esportiva em 1947, quando ainda estava na faculdade. Além de jornalista, ela era atleta de arremesso de disco e formada em Educação Física pela USP.
Cenário aberto
Segundo Rafa Reina, jornalista esportiva, o que mudou no cenário dos últimos anos foi a questão do espaço. “As mulheres vêm conquistando cada vez mais espaços, mais respeito. Se você hoje procurar observar, muito difícil que um meio de comunicação não tenha pelo menos uma mulher. Se eu falar, por exemplo, de onde eu trabalho hoje, a minha equipe é composta por seis pessoas, somos um canal no YouTube. A única mulher sou eu”, diz.
No entanto, para Reina, o futuro das mulheres no jornalismo esportivo tende a se tornar mais positivo. “Eu espero ver as mulheres dominando pelo menos 90% dos veículos de comunicação. Seja rádio, seja TV, seja assessoria de imprensa. Enfim, que a gente consiga conquistar o nosso espaço cada vez mais, porque a gente tem potencial. A gente pode comunicar com autoridade e autonomia”, explica.
A luta pela equidade de gênero no jornalismo esportivo é essencial para garantir um ambiente mais justo, representativo e democrático. Promover a equidade significa romper estereótipos, valorizar a diversidade de perspectivas na cobertura esportiva e assegurar que as profissionais tenham as mesmas condições de reconhecimento e crescimento que os homens.
Mesmo enfrentando muitas dificuldades, elas mostraram seu valor, superaram os preconceitos e, hoje, estão em lugares de destaque. Essa luta contínua não é apenas uma questão de justiça, mas de qualidade e pluralidade no jornalismo.
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