Professor de 58 anos sai do anonimato para se defender da acusação de rapto
O espanhol acusado de “rapto” de dois jogadores da seleção sub-17 da Guiné-Bissau, pelo presidente da Federação desse país, nega qualquer envolvimento no desaparecimento dos jovens. Eloy Garayalde, que se apresenta como professor, de 58 anos, não sabe se vai apresentar queixa contra Caíto Teixeira.
“O que é evidente é que sou acusado de algo que não compreendo nem aceito e de algo em que não participei. Para começar devo dizer que não sou um empresário, mas sim um colaborador que tem ajudado as Academias de Bissau na compra de equipamentos e elementos para jogar futebol”, refere, em nota enviada a Record.
Os 12 jogadores fugiram da concentração há exatamente uma semana e o líder federativo apontou o dedo ao espanhol, sem nunca dizer o seu nome: “Tive a informação, era já meia-noite, de que dois jogadores foram levados por um espanhol para Espanha. Trata-se de um indivíduo que vai muitas vezes à Guiné-Bissau e que tem ligações à academia Mepa. Inclusive, ele esteve no aeroporto quando chegámos a Portugal.” Caíto Texeira acusou: “Isto é rapto! Vamos até às últimas consequências.”
Garayalde saiu do anonimato para se defender, depois de ter tomado conhecimento das acusações. “Um rapaz que estava no Mepa veio fazer um torneio com a seleção da Guiné-Bissau. Resolvi ir cumprimentá-lo e torcer pela equipa, depois de muito tempo sem vê-los. Fiquei no aeroporto no dia 10, quando a comitiva chegou, apenas para cumprimentar o menino e o presidente da Federação Guineense. Demorou 30 minutos e a comitiva partiu para o estágio.”
Continuando, detalhou: “No dia seguinte, dia 11, parti para Espanha porque tinha um compromisso familiar. Tudo isso documentado com passagens, postos de gasolina e restaurantes. Fiquei a saber de tudo no domingo, quando não aconteceu a final. Não tenho, nem trouxe ninguém para a Espanha, como foi dito, depondo na polícia, se necessário.”
“As palavras do presidente são uma ofensa para mim e para o procedimento que temos tido até agora, a bem do desporto na Guiné-Bissau”, concluiu, deixando claro que gostava de receber um pedido de desculpas de Caíto Teixeira. “Prefiro esquecer e continuar com a colaboração anónima como antes.”
Numa nota informativa no Facebook, a Federação da Guiné-Bissau apontou o dedo a outro indivíduo, responsabilizando-o pelo desaparecimento de Sérgio Djamanca.
O espanhol acusado de “rapto” de dois jogadores da seleção sub-17 da Guiné-Bissau, pelo presidente da Federação desse país, nega qualquer envolvimento no desaparecimento dos jovens. Eloy Garayalde, que se …
Por Nuno Martins
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