A Hortitec – Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas, que ocorre de 25 a 27 de junho, em Holambra, SP, será palco para a demonstração de três tecnologias da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), visando à agricultura sustentável. Quatro Unidades de Pesquisa da Embrapa participam do evento. Considerada a mais importante exposição do setor hortifrutícola da América Latina, a feira chega em 2025 à 30ª edição e reúne produtores, profissionais do setor e representantes institucionais de toda a cadeia produtiva, com a estimativa de atrair cerca de 32 mil visitantes. O público visitante é formado por produtores dedicados à produção de flores, frutas, hortaliças, florestais e demais profissionais do setor. Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs) da Ater+ Digital No dia 26 de junho será lançado no estande da Embrapa o Hub de Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs), que faz parte da Plataforma Ater+ Digital. O hub traz conteúdos sobre temas como soberania alimentar, manejo da agrobiodiversidade, conservação de recursos genéticos, turismo de base comunitária, valorização de produtos da sociobiodiversidade, além de aspectos econômicos, sociais e culturais dos SATs. Neste hub, estão em destaque sistemas tradicionais praticados pelos povos indígenas, quilombolas e caiçaras, transmitidos de geração em geração. Esses sistemas são frequentemente adaptados às condições locais, ao clima e aos recursos disponíveis. Trata-se de parte do patrimônio cultural imaterial brasileiro e constituem a essência dos modos de vida das comunidades tradicionais. “O hub SATs reúne informações sobre as atividades realizadas pelos povos tradicionais e que, certamente, terão enorme contribuição para os extensionistas que já trabalham ou pretendem trabalhar com essas comunidades. Além disso, ressalta a importância que essas comunidades apresentam em termos de sustentabilidade econômica, social e ambiental”, destaca o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Luciano Nass, um dos coordenadores da Ater+ Digital. A construção dos primeiros hubs temáticos da Ater+ Digital em 2024 envolveu a participação de equipes de várias Unidades da Embrapa. A Plataforma é resultado de uma parceria entre Mapa, MDA, Embrapa, com recursos do BID e do IICA. A Embrapa Meio Ambiente desenvolveu três hubs: Mudanças Climáticas, Sistemas Agroflorestais, e mais recentemente Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs), dos quais também participa. Pulverizador costal pneumático eletrostático elétrico A Embrapa Meio Ambiente levará também à 30ª Hortitec o protótipo funcional de um pulverizador portátil, de pequeno porte, pneumático (acionamento por ar comprimido), eletrostático (com capacidade de gerar gotas com carga estática) e elétrico (movido por energia elétrica a partir de uma bateria recarregável de 12 volts). A principal função do pulverizador costal pneumático eletrostático elétrico é propiciar a aplicação de defensivos agrícolas (químicos ou biológicos) ou nutrientes foliares e estimulantes em geral, que sejam miscíveis em água, em culturas conduzidas em ambientes protegidos. O pulverizador se destaca por ser mais leve e eficiente do que os modelos convencionais disponíveis no mercado. O design inovador resulta em um peso total de aproximadamente 10 kg quando completamente abastecido, bem mais leve do que os equipamentos hidráulicos tradicionais. Experimentos realizados com tomate e pimentão mostraram que o pulverizador da Embrapa é o mais adequado para o trabalho em estufas e cultivos protegidos, além de ser mais leve e apresentar menor ruído. O equipamento é indicado também para uso em instalações agrícolas ou pecuárias, hortas, e frutíferas cultivadas em pequenas áreas ou condições especiais de alto custo, ou seja, substitui o aparelho costal convencional com muita economia e maior eficiência. Além disso, pode ser usado tanto para aplicação de produtos domissanitários ou de desinfecção hospitalar, aeroviária, doméstica, etc., quanto para aplicação de medicamentos ou desinfetantes em áreas de pecuária, como estábulos e aviários ou instalações em geral. Segundo o pesquisador Aldemir Chaim, idealizador do protótipo, “é um pulverizador multi-funcional, com altíssima eficiência de deposição de gotas e que trabalha com baixos volumes de calda, proporcionando ao mesmo tempo economia de produtos e grande eficiência de cobertura das superfícies pulverizadas”, enfatiza. Possui também um sistema de gatilho pneumático, garantindo a segurança do operador. Chaim explica que “o pulverizador utiliza um processo pneumático de geração de gotas, com o uso de ar comprimido, semelhante às pistolas de pintura, o qual produz gotas bem pequenas, na faixa de 20 a 60 micrômetros de diâmetro, que são perfeitas para a eletroposição”. Outras vantagens incluem uma maior eficiência de deposição de produtos fitossanitários, redução do impacto ambiental e dos custos com tratamentos sanitários. Auras – bioinsumo para combater o estresse hídrico Na Hortitec a Embrapa Meio Ambiente irá demonstrar também o bioinsumo Auras, fruto da parceria Embrapa e empresa NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola (MG). O Auras é uma tecnologia de bioativo originado da Caatinga que proporciona maior segurança no ambiente de produção ao reduzir os efeitos do estresse hídrico nas plantas, possibilitando a expressão máxima do potencial das lavouras tratadas. O bioinsumo otimiza o uso da água pela planta, possibilita maior proteção do potencial produtivo e mitiga os efeitos de estresses hídricos e térmicos. A tecnologia, inspirada em plantas de regiões secas que se associam a microrganismos para tolerar o estresse hídrico, foi encontrada nas raízes do mandacaru, cacto bem conhecido no Semiárido e não tem concorrentes registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Usado inicialmente em milho para combater o estresse hídrico nas plantas, já está sendo testado em outras lavouras, como soja e feijão. O Auras é feito a partir da bactéria Bacillus aryabhattai, presente nos solos da Caatinga. “Esses microrganismos são capazes de hidratar as raízes e atuam na fisiologia dos vegetais, fazendo com que respondam melhor à escassez de água”, resume o pesquisador Itamar de Melo, líder da pesquisa. A ideia de pesquisar a mitigação da seca por bactérias benéficas surgiu em 2016, mas começou bem antes quando já eram analisados isolados de actinobactérias capazes de reduzir os efeitos do estresse hídrico em soja, milho e trigo em razão da produção de enzimas, fitormônios, mineralização de nutrientes, solubilização de fosfato e fixação de nitrogênio. Sob a coordenação da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), compartilham o estande com a Embrapa Meio Ambiente outras duas Unidades da Empresa: Agricultura Digital (Campinas, SP) e Clima Temperado (Pelotas, RS).
A Hortitec – Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas, que ocorre de 25 a 27 de junho, em Holambra, SP, será palco para a demonstração de três tecnologias da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), visando à agricultura sustentável. Quatro Unidades de Pesquisa da Embrapa participam do evento.
Considerada a mais importante exposição do setor hortifrutícola da América Latina, a feira chega em 2025 à 30ª edição e reúne produtores, profissionais do setor e representantes institucionais de toda a cadeia produtiva, com a estimativa de atrair cerca de 32 mil visitantes. O público visitante é formado por produtores dedicados à produção de flores, frutas, hortaliças, florestais e demais profissionais do setor.
Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs) da Ater+ Digital
No dia 26 de junho será lançado no estande da Embrapa o Hub de Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs), que faz parte da Plataforma Ater+ Digital.
O hub traz conteúdos sobre temas como soberania alimentar, manejo da agrobiodiversidade, conservação de recursos genéticos, turismo de base comunitária, valorização de produtos da sociobiodiversidade, além de aspectos econômicos, sociais e culturais dos SATs. Neste hub, estão em destaque sistemas tradicionais praticados pelos povos indígenas, quilombolas e caiçaras, transmitidos de geração em geração. Esses sistemas são frequentemente adaptados às condições locais, ao clima e aos recursos disponíveis. Trata-se de parte do patrimônio cultural imaterial brasileiro e constituem a essência dos modos de vida das comunidades tradicionais.
“O hub SATs reúne informações sobre as atividades realizadas pelos povos tradicionais e que, certamente, terão enorme contribuição para os extensionistas que já trabalham ou pretendem trabalhar com essas comunidades. Além disso, ressalta a importância que essas comunidades apresentam em termos de sustentabilidade econômica, social e ambiental”, destaca o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Luciano Nass, um dos coordenadores da Ater+ Digital.
A construção dos primeiros hubs temáticos da Ater+ Digital em 2024 envolveu a participação de equipes de várias Unidades da Embrapa. A Plataforma é resultado de uma parceria entre Mapa, MDA, Embrapa, com recursos do BID e do IICA. A Embrapa Meio Ambiente desenvolveu três hubs: Mudanças Climáticas, Sistemas Agroflorestais, e mais recentemente Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs), dos quais também participa.
Pulverizador costal pneumático eletrostático elétrico
A Embrapa Meio Ambiente levará também à 30ª Hortitec o protótipo funcional de um pulverizador portátil, de pequeno porte, pneumático (acionamento por ar comprimido), eletrostático (com capacidade de gerar gotas com carga estática) e elétrico (movido por energia elétrica a partir de uma bateria recarregável de 12 volts). A principal função do pulverizador costal pneumático eletrostático elétrico é propiciar a aplicação de defensivos agrícolas (químicos ou biológicos) ou nutrientes foliares e estimulantes em geral, que sejam miscíveis em água, em culturas conduzidas em ambientes protegidos.
O pulverizador se destaca por ser mais leve e eficiente do que os modelos convencionais disponíveis no mercado. O design inovador resulta em um peso total de aproximadamente 10 kg quando completamente abastecido, bem mais leve do que os equipamentos hidráulicos tradicionais.
Experimentos realizados com tomate e pimentão mostraram que o pulverizador da Embrapa é o mais adequado para o trabalho em estufas e cultivos protegidos, além de ser mais leve e apresentar menor ruído. O equipamento é indicado também para uso em instalações agrícolas ou pecuárias, hortas, e frutíferas cultivadas em pequenas áreas ou condições especiais de alto custo, ou seja, substitui o aparelho costal convencional com muita economia e maior eficiência. Além disso, pode ser usado tanto para aplicação de produtos domissanitários ou de desinfecção hospitalar, aeroviária, doméstica, etc., quanto para aplicação de medicamentos ou desinfetantes em áreas de pecuária, como estábulos e aviários ou instalações em geral.
Segundo o pesquisador Aldemir Chaim, idealizador do protótipo, “é um pulverizador multi-funcional, com altíssima eficiência de deposição de gotas e que trabalha com baixos volumes de calda, proporcionando ao mesmo tempo economia de produtos e grande eficiência de cobertura das superfícies pulverizadas”, enfatiza. Possui também um sistema de gatilho pneumático, garantindo a segurança do operador.
Chaim explica que “o pulverizador utiliza um processo pneumático de geração de gotas, com o uso de ar comprimido, semelhante às pistolas de pintura, o qual produz gotas bem pequenas, na faixa de 20 a 60 micrômetros de diâmetro, que são perfeitas para a eletroposição”. Outras vantagens incluem uma maior eficiência de deposição de produtos fitossanitários, redução do impacto ambiental e dos custos com tratamentos sanitários.
Auras – bioinsumo para combater o estresse hídrico
Na Hortitec a Embrapa Meio Ambiente irá demonstrar também o bioinsumo Auras, fruto da parceria Embrapa e empresa NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola (MG). O Auras é uma tecnologia de bioativo originado da Caatinga que proporciona maior segurança no ambiente de produção ao reduzir os efeitos do estresse hídrico nas plantas, possibilitando a expressão máxima do potencial das lavouras tratadas. O bioinsumo otimiza o uso da água pela planta, possibilita maior proteção do potencial produtivo e mitiga os efeitos de estresses hídricos e térmicos.
A tecnologia, inspirada em plantas de regiões secas que se associam a microrganismos para tolerar o estresse hídrico, foi encontrada nas raízes do mandacaru, cacto bem conhecido no Semiárido e não tem concorrentes registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Usado inicialmente em milho para combater o estresse hídrico nas plantas, já está sendo testado em outras lavouras, como soja e feijão.
O Auras é feito a partir da bactéria Bacillus aryabhattai, presente nos solos da Caatinga. “Esses microrganismos são capazes de hidratar as raízes e atuam na fisiologia dos vegetais, fazendo com que respondam melhor à escassez de água”, resume o pesquisador Itamar de Melo, líder da pesquisa.
A ideia de pesquisar a mitigação da seca por bactérias benéficas surgiu em 2016, mas começou bem antes quando já eram analisados isolados de actinobactérias capazes de reduzir os efeitos do estresse hídrico em soja, milho e trigo em razão da produção de enzimas, fitormônios, mineralização de nutrientes, solubilização de fosfato e fixação de nitrogênio.
Sob a coordenação da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), compartilham o estande com a Embrapa Meio Ambiente outras duas Unidades da Empresa: Agricultura Digital (Campinas, SP) e Clima Temperado (Pelotas, RS).
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