Em seis meses, número de deslocados pela violência no Haiti sobe 24%

O Haiti está vivendo um ressurgimento da violência desde meados de fevereiro. A Organização Internacional para Migrações, OIM, afirma que facções violentas estão aterrorizando os cidadãos do país.

Desde dezembro, o número de deslocados já subiu 24% totalizando 1,3 milhão de pessoas.

Porto Príncipe, epicentro da crise

O tema foi debatido numa reunião do Conselho Econômico e Social, Ecosoc, e da Comissão de Consolidação da Paz, PBC, na sede da ONU, em Nova Iorque.  A PBC quer examinar como a paz e a estabilidade podem retornar ao Haiti, após anos de caos e crise.

De acordo com a OIM, embora Porto Príncipe continue sendo o epicentro da crise, com 85% do território controlado por gangues, a violência se intensificou para fora da capital nos últimos meses.

Dezenas de pessoas deslocadas no Haiti

Ataques recentes nos departamentos de Centre e Artibonite forçaram dezenas de milhares de outros moradores a fugir. Muitos estão vivendo em condições precárias e abrigos temporários.

A agência da ONU informa que em Artibonite, no oeste do Haiti, mais de 92 mil pessoas foram deslocadas, em grande parte devido à violência em Petite Rivière.

Refugiados abrigados por famílias

Já em Centre, a situação é ainda mais “alarmante”, com um total de 147 mil deslocados. Esse número dobrou de 68 mil, nos últimos meses, como resultado dos combates em cidades como Mirebalais e Saut-d’Eau.

Cerca de 83% dos refugiados estão hospedados em casas de famílias anfitriãs, o que coloca pressão sobre famílias já sobrecarregadas, especialmente em comunidades rurais.

A violência armada continua a prejudicar gravemente o acesso a serviços básicos, de acordo com o Escritório de Coordenação de Ajuda Humanitária da ONU, Ocha, criando uma “crise humanitária cada vez mais profunda”.

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