Os portugueses irão às urnas neste domingo (18) para eleger o novo parlamento de Portugal, em sua terceira eleição geral em pouco mais de três anos.
As votações ocorrem após o primeiro-ministro Luís Montenegro ter perdido o voto de confiança do parlamento em março. Isso levou o presidente Marcelo Rebelo de Sousa a dissolver o parlamento e a convocar as eleições.
As urnas abrem às 8h no horário local (4h no horário de Brasília) e fecham às 19h (15h em Brasília). Os resultados preliminares são esperados a partir de 20h no horário local (16h no horário de Brasília).
A frustração pública aumentou com as repetidas eleições e a instabilidade da governança, e analistas esperam que a abstenção eleitoral aumente após um recorde de 6,47 milhões de pessoas terem votado em 2024.
Por que as eleições antecipadas?
O primeiro-ministro Luís Montenegro não conseguiu conquistar a confiança do parlamento em março, numa votação que ele próprio propôs, depois da oposição questionar a sua integridade relativamente às negociações com a empresa de consultoria em proteção de dados da sua família.
Montenegro, que lidera a Aliança Democrática (AD), de centro-direita, negou qualquer irregularidade. As sondagens de opinião mostram que a sua reputação se mantém praticamente intacta ao que o público considera uma questão ética sem implicações criminais.

O que as pesquisas de opinião mostram
O AD chegou ao poder após vencer uma eleição no ano passado, com cerca de 29% dos votos e 80 assentos num parlamento de 230 lugares. Pesquisas de opinião mostram que o partido está novamente na liderança antes das eleições, mas ainda provavelmente longe de uma maioria efetiva.
O agregador de pesquisas da Rádio Renascença coloca o AD com pouco mais de 32%, 10 pontos percentuais abaixo do apoio que lhe daria uma maioria plena de 116 cadeiras.
Os Socialistas de centro-esquerda estão em segundo lugar nas pesquisas, com 27%, pouco abaixo dos 28% que obtiveram há um ano, seguidos pelo partido de ultradireita anti-imigração Chega, com 17% e com pouca diferença em relação à eleição anterior, quando quadruplicou sua representação parlamentar.
A Iniciativa Liberal de direita, quarta colocada, é vista por muitos especialistas como uma potencial aliada de coalizão para o AD, mas está em torno de 6% nas pesquisas, o que ainda deixaria os dois partidos aquém da maioria.
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