ela vai se juntar a outros continentes — e a ciência já prevê como

 A superfície da Terra está longe de ser estática. A crosta do planeta é formada por placas tectônicas que se movem lentamente, alterando o mapa-múndi ao longo de milhões de anos. Foi assim que surgiu a antiga Pangeia e será assim com o próximo supercontinente. Pesquisadores já projetam diferentes cenários para o futuro da América do Sul — e todos revelam um planeta em transformação profunda.

Como os continentes se movem?

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A crosta terrestre está dividida em grandes fragmentos chamados placas tectônicas, que se deslocam a poucos centímetros por ano. Esse movimento lento, mas contínuo, é o responsável por aproximar ou afastar continentes, formar montanhas e até provocar terremotos.

Atualmente, cada continente repousa sobre uma ou mais placas. A América do Sul, por exemplo, está sobre a Placa Sul-Americana, que se move de forma independente da Placa Norte-Americana. De tempos em tempos, esses deslocamentos criam supercontinentes — o último foi a Pangeia, que se formou há cerca de 310 milhões de anos e começou a se fragmentar há 180 milhões de anos.

Quando e como o próximo supercontinente vai surgir?

Segundo especialistas, estamos na fase intermediária do ciclo tectônico, e o surgimento de um novo supercontinente pode ocorrer em 200 a 250 milhões de anos. Com base nas movimentações atuais, a ciência propõe quatro possíveis cenários para o futuro da Terra: Novopangea, Pangea Última, Aurica e Amasia. Cada modelo depende de como os oceanos Atlântico e Pacífico irão evoluir e interagir com as placas tectônicas.

Novopangea: a fusão pelo Atlântico

Esse é o cenário considerado mais provável pelos cientistas. Nele, o Atlântico continua se expandindo enquanto o Pacífico se fecha gradualmente. A América do Sul colidiria com a Antártida, que está se movendo para o norte, e mais tarde se uniria à África e à Eurásia, já fundidas entre si.

Esse novo supercontinente se formaria no lado oposto de onde existiu a antiga Pangeia.

Pangea Última: um retorno ao passado

Neste modelo, o Atlântico deixaria de se expandir e passaria a se fechar, formando novas zonas de subducção ao longo da costa leste das Américas. Isso provocaria a fusão dos continentes ao redor de um novo supercontinente, semelhante à antiga Pangeia. Neste caso, o oceano Pacífico cercaria a nova massa continental.

Aurica: o surgimento de um novo oceano

Aurica é um cenário mais radical. Nele, tanto o Atlântico quanto o Pacífico se fechariam, dando origem a um novo oceano a partir da abertura de uma fenda tectônica que atravessa a Ásia. A Austrália ficaria no centro do novo supercontinente, enquanto América, África, Europa e Ásia se reposicionariam ao redor.

Essa hipótese depende da criação de novas zonas de subducção, algo que pode estar apenas começando a ocorrer.

Amasia: o supercontinente polar

Amasia propõe um destino completamente diferente. Neste modelo, todos os continentes, exceto a Antártida, migrariam em direção ao Polo Norte, formando um supercontinente polar. Isso seria causado por anomalias no manto terrestre que direcionam placas como as da África e Austrália para o norte. América do Sul e do Norte se uniriam por uma longa faixa de terra.

Qual cenário é mais provável?

De acordo com a pesquisadora Hannah Davies, da Universidade de Lisboa, o modelo Novopangea é o mais coerente com o padrão atual das placas. Os demais cenários exigem mudanças mais drásticas na dinâmica da crosta terrestre, como zonas de subducção inéditas ou forças profundas ainda pouco compreendidas.

Apesar de parecer distante, esse tipo de estudo nos ajuda a entender como os processos geológicos moldam o clima, os oceanos e até a vida no planeta.

 

Fonte: Infobae

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