Dois destinos exóticos para conhecer na América do Sul e fugir do tradicional

Quando se fala em turismo na América do Sul, os destinos mais conhecidos — como o famoso Deserto do Atacama, o Salar de Uyuni ou as trilhas de Machu Picchu — costumam saltar nas listas. Mas o continente sul-americano, que abriga boa parte da diversidade natural do mundo, guarda alguns tesouros muito pouco explorados (e desconhecidos), com experiências igualmente fascinantes.

É o caso, por exemplo, do pequeno Arquipélago de Los Roques, na parte caribenha da Venezuela, e do Parque Nacional Serranía de Chiribiquete, na Colômbia, o lar de 30% do ecossistema amazônico e o maior parque nacional de floresta tropical do mundo.

Los Roques

Los Roques, Venezuela. Créditos: Expedia Turismo/ divulgação

Localizado a cerca de 160 km ao norte da costa da Venezuela, em pleno Mar do Caribe, o Arquipélago de Los Roques é uma reserva natural composta por mais de 300 ilhotas e bancos de areia. Criado como parque nacional em 1972, o arquipélago protege um dos recifes de coral mais importantes do Caribe, além de ser habitat de aves migratórias, tartarugas-marinhas e peixes multicoloridos.

O acesso às ilhas se dá, geralmente, por voos que partem da capital, Caracas, e pousam na ilha principal, Gran Roque, onde se concentra a maioria das pousadas e da infraestrutura para o turismo. 

Mas é importante notar que lá não há grandes resorts, e o charme do lugar está justamente na sua simplicidade. No arquipélago não se usam carros: os deslocamentos são feitos a pé ou de barco, e as principais atividades incluem mergulho com snorkel, kitesurfe, pesca esportiva e passeios de barco para ilhas desertas (como Crasquí, Madrisquí e Francisquí), onde é possível passar o dia em tendas à beira-mar. 

Los Roques, Venezuela. Créditos: divulgação

A paisagem é composta por praias de areia branca finíssima, águas azul-turquesa e um céu quase sempre limpo.

O arquipélago é considerado seguro e pacato, e tem controle ambiental rigoroso.

Chiribiquete

 

No coração intocado da selva colombina, Chiribiquete talvez não seja um destino para qualquer um. O Parque Nacional Natural Serranía de Chiribiquete fica na região amazônica da Colômbia e foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 2018. 

Além de ser o maior parque nacional do país, é também o maior do mundo com vegetação de floresta tropical (são 43 mil km²), e sua paisagem é marcada por montanhas de topo plano, as tepuis, e uma rica biodiversidade endêmica da região.

Montanhas de Chiribiquete. 
Créditos: Universidad Nacional de Colombia (UNal) / divulgação  

Também guarda importantes registros arqueológicos, como pinturas rupestres de figuras humanas e animais e símbolos ancestrais de até 20 mil anos de idade, atribuídas às culturas indígenas que ainda têm laços com os povos originários da região. 

Para as culturas locais, Chiribiquete era o centro do mundo. 

“Mais de trinta anos atrás, quando meu pai era diretor de Parques Nacionais Naturais da Colômbia, ele encontrou esse lugar extraordinário por engano”, conta Rosa María Castaño, filha do ex-diretor do Sistema de Parques Naturais Nacionais da Colômbia Carlos Castaños.

“Foi em 1986, quando avistou as rochas monumentais de Chiribiquete de um pequeno avião, depois de ter que desviar seu curso em direção a Letícia, capital do departamento do Amazonas, devido a uma tempestade tropical. Em nenhum de seus mapas de navegação estavam esses planaltos que triplicavam o tamanho da Torre Eiffel e emergiram do meio de uma selva intacta. Na primeira vez, eles se limitaram a voar sobre eles e a registrar as coordenadas daquele lugar para o qual ele retornaria tantas vezes e pelo qual trabalharia o resto da sua vida procurando uma fórmula perfeita para protegê-lo.”

Por questões de proteção ambiental (é um dos lugares mais bem preservados do mundo), o parque tem um acesso extremamente controlado, e a visitação turística direta não é permitida por terra. É preciso sobrevoar a região com voos autorizados que partem de cidades como San José del Guaviare ou Bogotá. 

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