Desaparecimento de jovem brasileiro no Peru: Interpol tem DNA do pai para analisar possível parentesco com mortos não identificados | Distrito Federal
O pai de Artur Paschoali, jovem que desapareceu no Peru em 2012, permitiu que a Interpol coletasse o seu DNA para inserir em um banco de dados para análise de parentesco com restos mortais e pessoas mortas não identificadas. O DNA de Wanderlan Vieira entrou no sistema em 2023.
No entanto, segundo o Chefe do Escritório da Interpol no Brasil, delegado Fábio Mertens, as comparações realizadas com o DNA do pai de Artur desde o ano passado geraram resultados negativos. Ou seja, o DNA de Wanderlan não é correspondente a nenhum corpo ou restos mortais encontrado até o momento.
Novos testes são feitos todos os anos, segundo chefe da organização internacional de cooperação policial no Brasil. Artur Paschoali também segue na lista de pessoas desaparecidas da Interpol, conhecida como “Difusão Amarela”.
Esta lista tem como objetivo localizar pessoas desaparecidas ou incapazes de identificar-se nos 196 países de alcance da Interpol. O Peru é um dos países membros da organização. (veja foto abaixo).
- Correspondência direta: coleta de DNA da pessoa desaparecida por meio de item pessoal ou coleta anterior entram no banco de dados do Interpol. Possibilidade é oferecida desde 2004.
- Correspondência de parentesco: coleta de DNA de parentes da pessoa desaparecida entra no sistema I-Família. Sistema começou a funcionar em 2021.
Depois da coleta, o DNA é comparado com restos mortais e corpos não identificados de vários países com o uso de um software de correspondência de DNA chamado Bonaparte.
O programa realiza milhões de cálculos em um curto espaço de tempo. O resultado é então interpretado por especialistas forenses em DNA da Secretaria Geral da Interpol.
O desaparecimento de Artur
Artur, à época com 19 anos de idade, estudava na Universidade de Brasília (UnB) e tinha viajado com os amigos para o Peru em setembro de 2012. Ele decidiu estender a viagem em um mochilão sozinho e desapareceu no dia 21 de dezembro daquele ano.
Veja a cronologia do caso que segue sem solução há quase 12 anos:
- Setembro de 2012: Artur viaja com os amigos para o Peru.
- Dezembro de 2012: O jovem decide estender a viagem sozinho por mais uma semana. Ele estava trabalhando no vilarejo de Santa Teresa, localizado perto de Machu Picchu.
- 20 de dezembro de 2012: Artur manda a última mensagem para a mãe falando que estava tudo bem e que “estava quase virando um gerente de hostel”.
- 31 de dezembro de 2012: Sem ter mais notícias, os pais de Artur embarcaram para o Peru. A família ligou para albergues da cidade de Santa Teresa, e o dono de um hostel avisou que tinha um jovem desaparecido na região.
- Janeiro a maio de 2013: Os pais de Artur ficaram quatro meses no Peru depois do desaparecimento do filho. A mãe do jovem conta que ela e o marido sofreram ameaças de morte, mas não desistiram da busca. Eles recebiam informações anonimamente de pessoas da região.
- De 2013 a 2016: Pai viaja para o Peru em diferentes momentos para participar de investigação. A polícia do Peru passou a investigar o caso como um crime e não somente como desaparecimento. Mas ninguém foi preso.
Segundo a família, por Santa Teresa, onde Artur desapareceu, se tratar de uma região de tráfico, “as autoridades tiveram receio de apurar o desaparecimento a fundo”. Ela acredita que o filho tenha morrido dias após a última mensagem, em dezembro de 2012.
Por outro lado, o ex-marido dela e pai de Artur acha que o filho está vivo, segundo Susana.
Jovem brasiliense desaparece na região de Machu Picchu, no Peru
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