A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada por corrupção em seu país de origem, fugiu para o Brasil com apoio do governo Lula para evitar a punição da justiça peruana. Porém, isso não impede que as autoridades brasileiras investiguem ela. É isso o que pede Deltan Dallagnol na notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a investigação da ex-pimeira-dama do Peru.
Nadine veio ao Brasil em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e se encontra em asilo político aqui desde abril.
Deltan, ex-procurador da Operação Lava Jato e embaixador do NOVO, quer garantir que ela seja punida por seus crimes. O jurista protocolou a ação na PGR na última sexta-feira (30).
“Como os crimes da Odebrecht também aconteceram aqui no Brasil, nada impede que Nadine seja investigada e punida agora que está em solo brasileiro. Não podemos aceitar a importação de corruptos, já temos os nossos e eles são muitos”, afirmou Deltan nas redes.
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A condenação de Nadine Heredia pela justiça do Peru
O ex-líder da Operação Lava Jato no Paraná aponta que ex-executivos da Odebrecht atestam que a empreiteira enviou dinheiro para a campanha do ex-presidente do Peru, Ollanta Humalla, marido de Nadine, em 2011.
Os valores totalizam US$ 3 milhões, o que representa mais de R$ 17 milhões na cotação atual.
O envio dos recursos teria acontecido a pedido do PT e de Lula, segundo os delatores, entre eles Marcelo Odebrecht. De acordo com os depoentes, a própria Nadine recebeu parte da verba.
Os depoimentos também indicam que a ex-primeira-dama atuou para direcionar uma licitação bilionária para a Odebrecht. Isso ocorreu em 2024 com o contrato do Gasoduto Sul Peruano.
As autoridades peruanas anularam a concessão quando a companhia admitiu as ações criminosas. Ela reconheceu que pagou subornos de US$ 29 milhões por obras no Peru.
A justiça peruana condenou tanto Humalla quanto sua esposa a 15 anos de prisão pelo recebimento de recursos da Odebrecht nas eleições de 2011.
O ex-presidente foi preso, mas Nadine foi acolhida pelo governo brasileiro sob o pressuposto de perseguição política. Seus defensores também apontam que ela sofre de câncer como justificativa para o asilo.
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Ação de Deltan Dallagnol contra ex-primeira-dama corrupta do Peru
Na ação, Deltan destaca que: “A permanência da investigada em território nacional, sob a proteção de um asilo concedido em momento sensível e juridicamente questionável, levanta sérias dúvidas quanto à motivação e aos efeitos práticos da medida”.
“O asilo pode estar sendo instrumentalizado para evitar o cumprimento da decisão judicial estrangeira, obstruir a responsabilização penal e dificultar a devolução de valores”, defende.
Agora cabe ao procurador-geral, Paulo Gonet, avaliar se tomará medidas contra a ex-primeira-dama, conforme a ação do embaixador do NOVO.
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