Crise com o Paraguai: Peña se reúne com embaixador chamado para consultas | Blogs

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, se reuniu nesta segunda-feira (7) com seu embaixador em Brasília, Juan Ángel Delgadillo, que foi convocado para consultas na semana passada, após a descoberta da espionagem ao país vizinho pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo a presidência paraguaia, no encontro, Delgadillo passou para o presidente toda a informação relativa à ação de inteligência que teria sido ordenada pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, em junho de 2022.

De acordo com o governo paraguaio, também foram abordadas as repercussões no Brasil, a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante do caso e o acompanhamento realizado pela representação do país vizinho em Brasília.

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, que chamou o embaixador de volta para Assunção para consultas, também participou da reunião.

Crise entre o Brasil e o Paraguai

O embaixador do Paraguai em Brasília, Juan Ángel Delgadillo, foi chamado para consultas na última terça (1), após reportagem do portal UOL revelar suposta espionagem da Abin ao sistema informático paraguaio para obter informações sigilosas durante as negociações tarifárias da hidrelétrica de Itaipu.

O chanceler paraguaio, Rubén Ramírez Lezcano, também pediu para o embaixador brasileiro em Assunção, José Antônio Marcondes, dar explicações sobre a suposta ação hacker.

O representante do Itamaraty esteve na chancelaria paraguaia no mesmo dia, e recebeu uma carta formal do governo de Santiago Peña solicitando informações sobre a espionagem.

O Paraguai também suspendeu as negociações do Anexo C do tratado de Itaipu, que aborda a compra e venda de energia da usina, e iniciou investigações para determinar a abrangência da espionagem brasileira e se esta constituiu crime.

Apesar de o Itamaraty ter afirmado em nota que a operação de inteligência contra o Paraguai foi autorizada em 2022 e tornada sem efeito pelo atual governo, em 2023, Peña afirma tratar a espionagem como uma questão de Estados, independente do governo que a realizou.

“Esta é uma violação do direito internacional, a intromissão nos assuntos internos por parte de um país no outro”, disse o chanceler Rubén Ramírez Lezcano ao anunciar as medidas.

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