Convidados da UNITA vão saindo aos poucos do 4 de Fevereiro, mas houve deportações – Ex-presidente colombiano denuncia que foi retido e impedido de entrar em Angola– Assunto nas páginas da imprensa internacional – Governo em silêncio

O dia já vai longo para as individualidades que esta quinta-feira aterraram em Luanda por volta das 12:00 para seguirem para Benguela, onde se deslocariam para participar numa conferência internacional sobre o desenvolvimento da democracia em África, organizado em conjunto pela UNITA e pela Brenthurst Foundation. Entre estas individualidades estão os ex-Presidentes do Botswana e da Colômbia, assim como o antigo vice-Presidente do Quénia e o político moçambicano Venâncio Mondlane. As últimas informações dão conta de que algumas destas personalidades estão a ser “lentamente” autorizadas a entrar em Angola, mas há várias pessoas deportadas, enquanto outras continuam retidas no Aeroporto 4 de Fevereiro. O ex-Presidente colombiano, Andrés Pastrana Arango, denunciou o caso a uma rádio do seu país e o assunto já está também nas páginas da imprensa internacional. O Governo angolano mantém-se em silêncio sobre o incidente que está a motivar, segundo fontes do Novo Jornal, “uma forte pressão internacional”.

Sandra Bernardo

13 de Março 2025 às 20:56

Ao Novo Jornal, o deputado da UNITA Nelito Ekuiki disse que cinco visitantes já foram autorizados a entrar no País, entre eles o ex-Presidente do Botswana, Iam Khama, e o ex-Presidente colombiano, André Pastrana.

Ainda segundo Ekuiki, Venâncio Mondlane foi deportado, mas há, para além do político moçambicano, outros deportados.

Ian Khama, Andrés Pastrana, Mondlane e as restantes personalidades estão em Angola para participar numa conferência internacional sobre o desenvolvimento da democracia em África, organizado em conjunto pela UNITA e pela Brenthurst Foundation, fundada pelo multimilionário Nicholas Oppenheimer, ex-presidente da De Beers, a gigante mundial da indústria dos diamantes.

O Novo Jornal sabe que o ex-Presidente do Botswana, Ian Kahma, está “tão desapontado” que já não quer participar na Conferência e decidiu regressar amanhã de manhã ao seu país. Deixa críticas e lamentos antes de regressar a casa, afirmando que nunca imaginou ser tratado assim por um País “irmão”.

“É como ir a casa da família e ser escorraçado”, afirmou, dizendo ainda sentir-se “magoado”.

Uma experiência muito diferente da anterior, em que o Presidente João Lourenço “até mandou um avião” para o ir buscar.

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