O anúncio foi feito hoje por João Lourenço na sua qualidade de presidente do MPLA na abertura da primeira reunião ordinária do Comité Central do partido, em Luanda.
As medalhas pretendem reconhecer os feitos daqueles que, “em circunstâncias difíceis e perigosas, sem esperar por qualquer tipo de vantagem imediata ou recompensa, levaram a cabo ações que contribuíram não só para o derrube do colonialismo, do regime do ‘apartheid’ e para a consolidação da independência e soberania nacional, como também para o alcance e manutenção da paz e da reconciliação nacional, da reconstrução nacional, da diversificação da economia, da criação de emprego e bem-estar social” para todos.
Dos 247 cidadãos, 99 serão agraciados no âmbito da Classe Independência e 148 na Classe Paz e Desenvolvimento, segundo uma publicação na página da presidência angolana.
Da lista não constam os nomes de Jonas Savimbi, fundador e presidente da UNITA, morto em combate em 22 de fevereiro de 2002, e de Holden Roberto, dirigente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), que, juntamente com António Agostinho Neto, presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e primeiro Presidente angolano, lideraram os três movimentos que lutaram contra o colonialismo português.
“[Vamos] comemorar com alegria, júbilo e com os olhos virados para o desenvolvimento económico e social do país, depois de termos definitivamente ultrapassado a guerra prolongada contra inimigos externos e construído a paz e a reconciliação nacional entre nós, os filhos da mesma pátria, Angola”, salientou João Lourenço, a propósito das celebrações dos 50 anos de Angola como país independente e “livre de qualquer tipo de opressão colonial, da escravatura e da humilhação”.
“Para alcançarmos este importante marco da nossa história, foi determinante a entrega total, o sacrifício extremo e a perda de vidas de milhares de filhas e filhos de Angola em todas as frentes da luta, nomeadamente na frente política, diplomática, cultural e militar”, sublinhou.
A medalha comemorativa dos 50 anos da Independência Nacional vai ser entregue a um primeiro grupo de cidadãos nacionais no dia 04 de abril, Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, data em que João Lourenço quer chamar também os cidadãos angolanos a refletirem sobre a Angola que se quer para as gerações vindouras, independentemente da filiação partidária, origem étnica, confissão religiosa ou social.
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