A concessão do trecho brasileiro da Hidrovia do Rio Paraguai está prevista para ocorrer em dezembro deste ano, com leilão programado na B3, em São Paulo. O anúncio foi feito nesta terça-feira (17) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante evento de lançamento das obras nos aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã. A previsão inicial era realizar o leilão em julho, mas o cronograma foi alterado.
Segundo o ministro, a hidrovia desempenha papel essencial na melhoria da logística nacional e no escoamento de cargas como celulose, grãos e minério. Ele destacou que esta será a primeira concessão hidroviária do país, com início em Mato Grosso do Sul, e que o objetivo é reduzir os custos operacionais e aumentar a competitividade da produção regional.
Meta é ampliar capacidade logística e atrair investimento privado
Atualmente, cerca de 10 milhões de toneladas são transportadas pelo trecho, sendo 2 milhões de soja e mais de 8 milhões de minério. Com a concessão, o governo estadual projeta uma expansão significativa.
“Essa hidrovia pode atingir um volume de até 70 milhões de toneladas, especialmente de minério de ferro”, afirmou o governador Eduardo Riedel (PSDB), ao defender a importância do investimento privado para melhorar a operação e sinalização da via.
O plano inclui um trecho de 600 km entre Corumbá e a Foz do Rio Apa, no município de Porto Murtinho. Nos cinco primeiros anos, estão previstas obras de dragagem, derrocamento, instalação de sinalização e balizamento, além da criação de um sistema de controle do tráfego hidroviário. O valor estimado para esse período inicial de obras é de R$ 63,8 milhões.
A concessão terá duração de 15 anos, com possibilidade de prorrogação por mais 15. A tarifa máxima estabelecida será de R$ 1,27 por tonelada movimentada, valor que poderá ser ajustado para baixo de acordo com os critérios do edital.
O lançamento do edital, anteriormente previsto para maio, foi adiado para até outubro. A mudança foi motivada por exigências do Ibama, que recusou pedidos de dragagem emergencial no rio. Segundo a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), o novo prazo permitirá a inclusão das exigências ambientais exigidas pelo órgão federal.
- Com Informações Campo Grande News
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