Com novo dono, GSI projeta dobrar de tamanho em 5 anos na América do Sul

Na quinta-feira passada, a AGCO comunicou a venda de sua divisão Grãos e Proteínas à gestora de private equity American Industrial Partners (AIP), por US$ 700 milhões. É nessa divisão, que globalmente faturou US$ 1 bilhão no ano passado, que está a GSI e as marcas AP, Cimbra e Tecno (sistemas de automação), Cumberland, C-Lines e Agromarau (dedicadas a soluções para avicultura e suinocultura).

Ricardo Marozzin, que acabou de completar 25 anos de trabalho na AGCO, seguirá no comando da GSI, com a missão de fazer a empresa crescer e rentabilizar o acionista. “Desde 2003, a AIP namora a GSI porque tem o desejo de entrar no agronegócio. É um fundo com ampla experiência no setor industrial, com US$ 16 bilhões de ativos sob gestão”, disse o executivo ao Valor.

Assim como a líder do segmento, a GSI aposta na inteligência artificial para automatizar silos e processos para os produtores. “Podemos, por exemplo, ser um exportador de tecnologia para as operações da empresa na África porque a região tem muita similaridade com a América do Sul”, disse. Na região, além do Brasil, o executivo enxerga como promissores os mercados da Colômbia, Peru e Paraguai.

O valor da operação implicou um múltiplo de 8,3 vezes o lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) dos últimos 12 meses do negócio de armazenagem da AGCO, em 31 de março, e faz parte de uma mudança estratégica da companhia que vai focar em seu negócio principal. A GSI foi comprada pela AGCO em 2011 porUS$ 940 milhões.

Em comunicado, o CEO da AGCO, Eric Hansotia, disse que “a venda deste negócio nos permite otimizar e aprimorar nosso foco no portfólio premium de máquinas agrícolas e produtos de tecnologia de agricultura de precisão, sustentando um foco de longo prazo em negócios de alto crescimento, alta margem e geração de fluxo de caixa livre”.

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