Da Redação (*)
Pequim – Ao contrário do Brasil, que deixou de atender aos apelos feitos pelo presidente da China, Xi Jinping pela adesão brasileira ao projeto Cinturão e Rota, A Colômbia será mais um país sul-americano a formalizar sua participação nessa que é a principal iniciativa geopolítica e econômica de Pequim.
Nesse contexto, China e Colômbia devem aproveitar a adesão formal do país sul-americano à Iniciativa Cinturão e Rota (ICR) como uma oportunidade para intensificar a cooperação bilateral, conforme afirmou o presidente chinês, Xi Jinping, nesta quarta-feira (14).
Xi fez as declarações ao se reunir com seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, que está em Pequim para a quarta reunião ministerial do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
Após o encontro, os dois chefes de Estado assistiram à assinatura de um plano de cooperação entre os dois governos sobre a construção conjunta do Cinturão Econômico da Rota da Seda e da Rota da Seda Marítima do Século XXI.
China e Colômbia comemoram 45 anos de relações diplomáticas
Ressaltando a importância da Colômbia na América Latina, Xi afirmou que a China sempre considerou as relações da China com o país sul-americano a partir de uma perspectiva estratégica e de longo prazo.
“Este ano marca o 45º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a Colômbia. Em um novo ponto de partida histórico, a China está disposta a fazer esforços conjuntos com a Colômbia para promover nossa parceria estratégica e trazer mais benefícios aos dois povos”, disse Xi.
Ele pediu a ambos os lados que consolidem a confiança política mútua, melhorem a comunicação estratégica e adotem com firmeza a direção das relações bilaterais.
A China está disposta a importar mais produtos de qualidade da Colômbia e apoia as empresas chinesas a investirem no país e a participarem da construção de sua infraestrutura, afirmou Xi.
Ele observou que os dois lados devem expandir ainda mais a cooperação em campos emergentes, como energia eólica, veículos de nova energia, economia digital e inteligência artificial, e alcançar conjuntamente a transformação verde e de baixo carbono.
Xi pediu a ambos os lados que garantam o sucesso das celebrações que marcam o 45º aniversário das relações diplomáticas, fortaleçam a cooperação em educação, cultura, turismo e outros campos, aumentem os intercâmbios interpessoais e consolidem a base da opinião pública para os laços amistosos entre os dois países.
Observando que a cooperação China-ALC (América Latina e Caribe) é uma parte importante da cooperação Sul-Sul, Xi enfatizou que essa cooperação está em conformidade com a tendência geral do desenvolvimento e da história globais e está alinhada com os interesses comuns da China e dos países da América Latina e do Caribe.
Colômbia projeta expansão do comércio bilateral
Gustavo Petro disse que a Colômbia espera fortalecer ainda mais os laços com a China e que ambos os lados devem aprofundar a confiança política mútua e aumentar o apoio recíproco.
Ele pediu que ambos os lados trabalhem na ICR, expandam a cooperação em áreas como comércio, infraestrutura, novas energias e inteligência artificial, e melhorem a vida das pessoas.
Sem se referir explicitamente ao presidente Donald Trump ou aos Estados Unidos, Gustavo Petro fez uma crítica velada ao mandatário americano ao observar que a situação internacional é complexa e volátil e que “as práticas adotadas por alguns países para buscar ganhos unilaterais não são favoráveis ao mundo e que todos os países devem se unir para responder”.
A Colômbia está disposta a trabalhar em estreita colaboração com a China para salvaguardar a equidade e a justiça internacionais e proteger os interesses comuns dos países em desenvolvimento, afirmou.
(*) Com informações da Agência Xinhua
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