Ciência, tecnologia e inovação: um compromisso com o futuro do Brasil – 29/03/2025 – Opinião

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A criação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por decisão do presidente Tancredo Neves e efetivada pelo presidente José Sarney, em 1985, marcou um momento decisivo para o Brasil. Nascido no contexto da redemocratização, o hoje Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) expressa o encontro da democracia com o objetivo estratégico de promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil com base na ciência e tecnologia nacionais.

Desde sua criação, apesar de períodos de instabilidade institucional e flutuações orçamentárias, o ministério contribuiu decisivamente para a estruturação de um Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) robusto, capaz de viabilizar ambiciosos projetos de desenvolvimento por meio do conhecimento nacional, como a prospecção e exploração de petróleo em águas profundas, a viabilização de alternativas energéticas renováveis, a elevação da produtividade agrícola, a liderança global no setor da aviação regional, o domínio completo da tecnologia nuclear.

Em um mundo cada vez mais interconectado e competitivo, a capacidade de desenvolver ciência de fronteira —como a exploração espacial, a biotecnologia e a nanotecnologia— define o protagonismo dos países no cenário global. A visão estratégica em inteligência artificial (IA) não só impulsiona a produtividade e a inovação, mas também redefine setores inteiros, da Saúde à Defesa, criando novas oportunidades e desafios. A convivência com as mudanças climáticas exige soluções tecnológicas avançadas para a transição energética, a gestão de recursos naturais e a adaptação a eventos extremos.

As perspectivas para a implementação dessa política de Estado se ampliaram significativamente com a aprovação, pelo Congresso Nacional, da Lei que transformou o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em fundo financeiro e possibilitou a recomposição e liberação integral dos seus recursos. Isso permite ao ministério focar investimentos expressivos e crescentes na estruturação de novas bases tecnológicas para o desenvolvimento industrial do Brasil (a Nova Indústria Brasil, NIB) e na viabilização de grandes projetos de infraestrutura de pesquisa, como o supercomputador para IA, o Laboratório de Máxima Contenção Biológica (Orion), o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e os satélites CBERS 5 e 6, entre outros.

Nos 40 anos do MCTI, a recuperação da capacidade de investimento do ministério abre caminho para conquistas e realizações ainda maiores.

A liberdade de pesquisa, o investimento em educação e a produção de conhecimento são elementos que sustentam uma sociedade democrática, inclusiva e crítica. Um país que investe em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) investe em sua capacidade de produzir conhecimento autônomo, de tomar decisões informadas e de garantir um futuro mais justo para todos. Nesse contexto, a ciência e a tecnologia se tornam fundamentais para o desenvolvimento econômico, para o aprimoramento das instituições democráticas e para o exercício pleno da cidadania.

Por isso, a criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e sua continuidade ao longo das décadas representa a materialização do compromisso do Brasil com o futuro. Nestes 40 anos, o MCTI celebra um futuro em que a ciência e a tecnologia são mais do que um instrumento de progresso e soberania nacional e tecnológica: são um pilar fundamental para a construção de uma nação mais justa, democrática e próspera para todos.

Luciana Santos

Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI

Paulo Alvim

Marcos Pontes

Gilberto Kassab

Celso Pansera

Aldo Rebelo

Clélio Campolina Diniz

Aloizio Mercadante

Sérgio Rezende

Roberto Amaral

Luiz Carlos Bresser-Pereira

José Israel Vargas

José Goldemberg


Ex-ministros do MCTI

TENDÊNCIAS / DEBATES

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