China vai aumentar em quase 10% vendas para América do Sul após tarifaço de Trump, aponta OMC | Economia

A Organização Mundial do Comércio publicou um comunicado nesta quarta-feira (16) diminuindo drasticamente a projeção de crescimento da economia mundial em 2025 por causa do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A expectativa era de uma alta de pouco mais de 2% para este ano no comércio global, mas agora a projeção indica uma recessão, com queda de 0,2%.

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Segundo a OMC, os números foram observados com base na guerra tarifária entre China e EUA, com cada lado aumentando cada vez mais taxas de importação. Na América do Norte, a expectativa, aliás, é de uma queda de 12% no volume de exportação.

‘A perspectiva para o comércio global se deteriorou drasticamente devido ao aumento de tarifas e à incerteza da política comercial’, diz o texto do relatório.

Por conta disso, a China vai diversificar sua exportação de produtos. Entre os países que devem receber mais remessas estão o México e o Canadá, com 25%. Logo depois, vem a América do Sul, que deve ter uma alta de 9% do volume de vendas em produtos chineses ao longo de 2025. A tendência é que o Brasil seja um dos mais visados, de acordo com especialistas.

Além disso, a China também deve incrementar em 6% o envio de produtos para a União Europeia.

Mesmo assim, a economia da América do Sul deve subir menos por conta do conflito tarifário. As vendas iriam originalmente crescer em 1,4%, mas a estimativa da OMC caiu para 0,6%. Em relação ao PIB, a alta será de 2,7%, contra 4,7% projetado anteriormente.

Situação pode piorar se tarifas recíprocas voltarem

Presidente americano, Donald Trump, e presidente chinês, Xi Jinping. — Foto: MANDEL NGAN, GREG BAKER / AFP

Para 2026, a tendência é de uma melhora na situação global caso o cenário se mantenha, com uma alta de 2,5%. Isso ocorreria, especialmente, por causa da reorganização dos países no comércio buscando novos parceiros.

A China, cita a OMC, vai buscar uma maior proximidade com a América do Sul, o que deve gerar um aumento da circulação de dinheiro na região.

A organização também alerta que há ‘riscos graves de queda’ caso as tarifas recíprocas sejam retomadas após a pausa de 90 dias imposta por Trump. Segundo a OMC, isso poderia ‘levar a um declínio ainda mais acentuado de 1,5% no comércio global de bens’, prejudicando mais os países menos desenvolvidos.

‘Os riscos para a previsão incluem a implementação das tarifas recíprocas atualmente suspensas pelos Estados Unidos, bem como uma disseminação mais ampla da incerteza da política comercial para além das relações comerciais vinculadas aos EUA’, continua o relatório.

Toda a situação acontece após um ano de 2024 forte para o comércio mundial, em que a compra e venda de mercadorias cresceu 2,9% e o comércio de serviços expandiu 6,8%.

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