Bloomberg — A Chevron está procurando substituir o petróleo venezuelano em suas refinarias por suprimentos do México, do Brasil e do Oriente Médio, depois que o governo Trump ordenou que a empresa encerrasse suas operações no país sul-americano.
A gigante norte-americana do setor utiliza principalmente o petróleo bruto pesado venezuelano em sua refinaria de Pascagoula, no Mississippi, e buscará uma matéria-prima alternativa assim que o período de paralisação terminar, em cerca de um mês, disse Andy Walz, presidente da Chevron para downstream, midstream e produtos químicos, em uma entrevista à Bloomberg News na conferência CERAWeek by S&P Global, em Houston.
“Estaríamos procurando um substituto de peso, em grande parte”, disse Walz nos bastidores do evento na quarta-feira (12). “Poderia ser da América Latina, do Oriente Médio e, potencialmente, do México, dependendo do que acontecer com as tarifas.”
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O plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas sobre o petróleo mexicano e canadense complica ainda mais os esforços das refinarias para substituir o petróleo venezuelano com características semelhantes.
A Chevron analisará uma série de petróleos brutos em todo o mundo para ver o que é mais atraente, disse Walz.
O Brasil e a Zona Particionada compartilhada pela Arábia Saudita e pelo Kuwait, onde a Chevron também opera, são opções viáveis, acrescentou.
“A Venezuela foi sancionada por vários anos durante o governo anterior e nós fomos buscar petróleo em outros lugares”, disse Walz. “Vamos seguir as regras.”
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros revogou a licença da Chevron para produzir petróleo na Venezuela no início deste mês, dando-lhe um prazo de 30 dias para encerrar as operações.
A Chevron enviava esses suprimentos principalmente para a Costa do Golfo dos EUA, onde as refinarias são otimizadas para operar com petróleo bruto pesado.
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