Cem vítimas de tráfico de pessoas resgatadas e sete suspeitos detidos em Bissau


As vítimas são provenientes de diversos países da sub-região da África Ocidental, maioritariamente da Costa do Marfim e do Mali, segundo indicou, em comunicado, a Polícia Judiciária guineense.


De acordo com a informação disponibilizada, a PJ desencadeou, na manhã de quarta-feira, “uma mega operação em vários bairros da cidade de Bissau, visando desmantelar uma estrutura criminosa altamente organizada, liderada por cidadãos estrangeiros, dedicada ao tráfico de pessoas e auxílio emigração ilegal”.


Durante a operação, os agentes conseguiram resgatar mais de cem pessoas, concretizou a PJ.


Segundo a fonte, “as vítimas eram mantidas em condições desumanas em várias residências dispersas pela cidade (Bissau), onde eram submetidas a situação de penúria e abuso“.


Os passos da atividade criminosa


As investigações “revelaram que a rede criminosa utilizava vídeos partilhados nas redes sociais, simulando indivíduos a bordo de navios de carga com destino à Europa, partindo do Porto de Bissau, para atrair e enganar as vítimas”.


Além disso, os criminosos faziam-lhes crer que, após a sua chegada à Guiné-Bissau, seriam colocados a bordo de embarcações clandestinas rumo a Portugal“, acrescentou.


Segundo a PJ guineense, cada candidato à emigração ilegal pagava uma soma que rondava um milhão de francos CFA, mais de 1.500 euros, valor que alimentaria o alegado esquema criminoso.


A Polícia avançou ainda que, chegadas a Bissau, “as vítimas eram agrupadas em residências com mais de 60 pessoas, onde aguardavam meses a fio por uma oportunidade de embarque clandestino”.


Posteriormente, “eram transferidas de residências para diferentes bairros, dificultando a ação das autoridades e prolongando o sofrimento das vítimas”.


Na operação desta quarta-feira foram detidos sete suspeitos estrangeiros alegadamente ligados à rede e apreendidos documentos, materiais e equipamentos usados na atividade criminosa


A Polícia Judiciária guineense reafirmou o compromisso na luta contra o tráfico de pessoas e o auxílio à imigração ilegal e reforçou “a necessidade de cooperação internacional e a denúncia de atos suspeitos pela população”.


 

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