Os próximos destinos dos voos internacionais a partir de Fortaleza deverão ser países da América do Sul. Foi o que garantiu Eduardo Bismarck, secretário de Turismo do Estado do Ceará, na noite desta quinta-feira (10).
Durante o jantar do Lide Ceará — grupo de líderes de algumas das maiores empresas do Estado —, Eduardo Bismarck comentou sobre a atração de novos voos para fora do Ceará, todos a partir do Aeroporto Internacional de Fortaleza — Pinto Martins.
A tendência, segundo Bismarck, é de que a Europa se mantenha como principal destino dos voos, principalmente para as nações “mais próximas” do Ceará, tais como Portugal, Espanha, França, Alemanha, Países Baixos e Itália.
Apesar disso, os países das Américas, principalmente do Sul, devem ser bastante consideradas. Atualmente, Fortaleza tem voos diretos na região para Buenos Aires (Argentina) e Santiago (Chile), e o objetivo é reforçar essa conectividade.
Queremos intensificar os voos para a América do Sul. Temos não só a parte sul da América, Argentina, Chile, que já temos voos, o próprio Uruguai, Paraguai, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia. Em Bogotá, temos um grande hub, temos a própria Copa Airlines (Cidade do Panamá), que conecta a costa oeste dos Estados Unidos. Esses é o que está no radar para os próximos tempos.
De acordo com o secretário, ainda não há “nenhuma coisa concreta para esses novos países”, mas ele destacou que, no atual momento da conectividade internacional a partir de Fortaleza, o ideal é que “a Argentina tenha aumento de frequências”: “É uma coisa que tenho me dedicado”, frisou Bismarck.
“Para além disso, a gente vem conversando com companhias aéreas do Brasil e de fora para poder intensificar países como Paraguai, Uruguai, Colômbia, Peru. A gente entende que são países que têm um grande potencial”, pontuou.
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Ainda em abril, Fortaleza terá a sua segunda ligação para França, desta vez para o território sul-americano do país, a Guiana Francesa, na cidade de Caiena. Bismarck defende que isso expõe uma necessidade de conexão dos países da região do Caribe, América Central e porção norte da América Sul com o Estado.
O secretário relembrou ainda que a Cabo Verde Airlines (TACV) ainda não retomou os voos de Fortaleza para o país africano, comumente realizada para a Ilha do Sal. A conexão até chegou a ter o retorno anunciado, em agosto de 2023, mas não houve avanço.
“Ainda há oportunidade de ter contato com a TACV. Esse voo era muito importante porque ele trazia comércio, assim como vai trazer esse de Caiena. Países insulares, como Cabo Verde, países do Caribe, não têm produção fabril. Eles dependem de outros países e enxergam o Brasil como destino de compras”, analisa.
“O que me consta é que a companhia está com menos aviões, há dificuldade de vir. É um mercado desafiador em 2025 para a aviação, tem pouca aeronave disponível no mundo inteiro — essa é a desculpa que todas as companhias dão. A gente compreende isso, e por isso precisamos focar naquelas que trazem voos viáveis”, completou Bismarck.
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Latam utiliza os Boeings 787 para voos para Miami e Lisboa a partir de Fortaleza
Renato Bezerra
Com a inauguração da rota para Lisboa pela Latam e, em 2026, com o anúncio da chegada da conexão da Iberia entre a capital cearense e Madri, Fortaleza passará a contar com voos para oito cidades do exterior e seis países, sendo:
- Argentina: Buenos Aires;
- Chile: Santiago;
- Espanha: Madri;
- Estados Unidos: Miami e Orlando;
- França: Caiena e Paris;
- Portugal: Lisboa.
Bismarck também falou sobre a retomada dos voos diretos da KLM a partir de Fortaleza que, no pré-pandemia, conectavam a capital cearense à Amsterdã (Países Baixos). O secretário informou que não existe prazo para quando a companhia europeia voltará ao Estado, mas disse que a rota para a cidade está bem servida com a Air France.
“Governador teve uma conversa muito positiva com a KLM, eles não têm previsão de voltar para este ano, a curto prazo. Enxergo que hoje, com a Air France, sócia da KLM, essa demanda da Holanda esteja suprida de alguma forma. Claro que queremos o voo, mas precisamos trabalhar para aumentar os números e estamos aumentando todos os anos”, explicou.
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