Casemiro, Alex e Matheus Cunha ganham pontos com Ancelotti, Richarlison não vai bem, e time segue sem um 9

A primeira data Fifa da seleção com Carlo Ancelotti chegou ao fim com a classificação para a Copa de 2026 e um saldo positivo do começo do trabalho do italiano. Avanços — tanto individuais quanto coletivos — já puderam ser vistos. Mas alguns desafios também se impõem.

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É consenso que o setor defensivo foi o que mais evoluiu. O Brasil conseguiu passar intacto contra Equador e Paraguai. Pode parecer pouco, mas trata-se de um avanço para uma seleção que já havia sido vazada 16 vezes nas Eliminatórias. O número é o mesmo do total de gols sofridos nas duas edições anteriores.

Não à toa, boa parte dos destaques individuais são do setor defensivo. Como o estreante Alexsandro. Com atuações seguras, o zagueiro do Lille-FRA se destacou na bola aérea e teve bom entendimento com Marquinhos.

Outro a brilhar foi Casemiro. O volante retornou após um ano e meio como se nunca tivesse ficado fora da seleção. Deu proteção à zaga e ainda teve participação importante na frente, principalmente no jogo contra os paraguaios.

Tão importante quanto as atuações individuais foi a organização apresentada pela equipe nos dois jogos. A organização defensiva se refletiu na compactação do time, evitando surpresas com bolas longas, e na recomposição mais rápida.

— Acho que é sempre um objetivo nosso sair sem tomar gol. Mas não é só isso. É também a maneira como foi. Muito sólido defensivamente como um todo — analisou o goleiro Alisson. — O Mister colocou na cabeça de todos que a atitude dos atacantes, de correr e ajudar a marcar são importantíssimas. E que o posicionamento dos defensores também conta muito.

Também houve evolução na fase ofensiva. Mas ela parece estar num estágio anterior. Contra o Equador, a criação não funcionou. Já, diante do Paraguai, Ancelotti parece ter encontrado uma alternativa para a falta de meias organizadores.

A linha de cinco ofensiva, com quatro atacantes (Matheus Cunha, Gabriel Martinelli, Vini Jr e Raphinha) e Vanderson, funcionou como um rolo compressor. A aproximação de Casemiro e Bruno Guimarães também foi fundamental. Mas a escassez de finalizações foi um problema.

Martinelli saiu-se bem tanto pela esquerda quanto caindo por dentro, alternando posição com Vini Jr. Vanderson também foi boa opção pela direita. Outro que ganhou pontos com o treinador foi Matheus Cunha. O italiano fez questão de destacar sua capacidade de jogar tanto entre os atacantes quanto por trás:

— Não era um centroavante, era um meia-atacante. Aproveitamos a velocidade de Vini, Martinelli e Raphinha para atacar as pontas, e Cunha jogando mais como um 10.

Enquanto Cunha subiu, Richarlison desceu. O atacante, aposta de Ancelotti para centroavante, não correspondeu. Titular contra o Equador, mal tocou na bola.

—É chegar no clube e treinar igual a um condenado para chegar aqui e honrar a camisa novamente — admitiu o atacante.

Importante ressaltar que, em boa parte do segundo tempo contra o Paraguai, a seleção voltou a apresentar problemas. O time teve dificuldade para sair da pressão do rival e caiu de produção. O que mostra como o ataque ainda tem problemas quando o adversário não lhe dá tanto espaço. Outro desafio para Ancelotti até 2026.

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