Carla Baltasar: “São Tomé e Príncipe não precisa de turismo de massas, mas sim de um turismo de preservação” 

Vinda da ilha da Madeira, Carla Baltasar, da agência Solviagem do Funchal, foi uma das participantes da fam trip organizada pela Solférias a São Tomé e Príncipe com quem o Turisver esteve à conversa já nos momentos finais de uma viagem que acompanhou, a convite do operador turístico.

Por Fernando Borges

Estamos a viver os últimos minutos de uma viagem às ilhas de São Tomé e Príncipe. Que importância teve esta viagem para si e o que é que leva dela?

Em primeiro lugar, levo a autenticidade deste país, das pessoas a viverem as suas vidas com tranquilidade, com simplicidade. Depois, a exuberância da natureza, da forma selvagem e virgem com que este destino ainda se apresenta a quem o visita.

Agora que já conhece o destino, como é que o vai vender e influenciar os seus clientes para que ele seja uma opção de férias?

Pelas experiências vividas, será agora muito mais fácil vender o destino, em especial junto dos clientes que procurem autênticos encontros com a natureza, aconselhando-os a virem até estas ilhas onde tudo é autêntico. Agora, conhecendo as experiências que são oferecidas e as opções hoteleiras e gastronómicas, será bem mais fácil, pois saio daqui com muitas certezas que permitirão falar com grande confiança e passar-lhes o meu testemunho, dado que levo comigo experiências vividas, vídeos e fotos tiradas por mim.  

São Tomé e Príncipe não é propriamente um destino barato. Agora que teve a oportunidade de o conhecer, considera justa a relação preço/qualidade?

Sim, sem dúvida, apesar de este ser um destino em que o preço para aqui vir de férias é um pouco elevado. Mas, e é muito importante que se diga e que se entenda que este é um destino que tem de ser preservado, e para que essa preservação seja uma realidade não pode ser um destino de massas, e o facto de os preços serem um pouco mais elevados vai permitir segmentar o cliente, evitar esse turismo de massas.

“Penso que todos os portugueses que fazem férias fora do país deveriam conhecer São Tomé e Príncipe, embora o preço seja uma das razões, se não a principal, para que mais portugueses não optem por este destino”

Dos hotéis que tivemos a oportunidade de visitar durante esta viagem, quais são os que vai recomendar aos seus clientes?

Na ilha do Príncipe, e na praia, recomendo qualquer um pois todos são fantásticos, qualquer um nos agarra completamente. Tudo depende obviamente de uma coisa que se chama “carteira”, enquanto o Roça Sundy é perfeito para quem queira sentir a história e a cultura local, os outros são mais de praia, mas belíssimos hotéis resort.

Na ilha de São Tomé, e para um cliente muito específico, mais jovem, mais aventureiro, mais ecologista e que não se preocupa tanto com os pormenores, aponto o Ecolodge Tropical Selvagem. Mas também aqui penso que qualquer hotel, desde que bem explicado aquilo que o cliente vai encontrar pode ser interessante. Por isso irei deixar a escolha ao critério do cliente.

Este é um destino que deve ser vivido entre as duas ilhas?

Sem dúvida que o ideal será os clientes fazerem as duas ilhas. Mas para um cliente que não tem orçamento para fazer as duas ilhas, São Tomé é suficiente. E neste caso temos é que aconselhar o hotel correto, que tenha a ver com as características do cliente.

Pode São Tomé e Príncipe ser um dos destinos de eleição dos portugueses?

Penso que todos os portugueses que fazem férias fora do país deveriam conhecer São Tomé e Príncipe, embora o preço seja uma das razões, se não a principal, para que mais portugueses não optem por este destino. Penso que é esta a maior dificuldade para que tal não aconteça. O sol, as praias e a natureza pura estão aqui. A gastronomia, a história e a cultura também aqui estão, e bem vivas. E há ainda outro fator muito importante, a proximidade que acontece através da língua.

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