Budget do fabricante de denim e sarja pode chegar a R$20 milhões ao ano, dependendo dos projetos.
A Capricórnio Têxtil atravessa momento estratégico de transformação industrial e comercial, marcado por investimentos robustos em tecnologia, ampliação da largura de seus tecidos e foco em novos mercados — dentro e fora do Brasil. Com budget variando entre R$15 milhões e R$20 milhões para tecnologia digital, a Capricórnio Têxtil investe este ano em projetos envolvendo automação, data lakes, inteligência artificial e melhoria da experiência do cliente.
“É um número significativo para um negócio que não tinha departamento de tecnologia até três anos atrás. Tinham uma ou duas pessoas que ajudavam os computadores a não parar de funcionar. Hoje a gente deve ter uma equipe de tecnologia com 12, 13 pessoas espalhada nas três plantas”, ressalta João Bordignon, diretor de marketing, comunicação e sustentabilidade da Capricórnio Têxtil.
Conforme o empresário, nessa etapa dos investimentos em transformação digital um dos objetivos é conseguir encurtar o tempo de resposta ao cliente, dispondo de sistemas autônomos e processos digitais que eliminem gargalos.
De forma a fortalecer o relacionamento com os principais clientes, a Capricórnio lançou no final do ano passado o programa de fidelidade Capri Mais, integrado hoje pelos 36 principais parceiros, selecionados em função do volume e frequência das compras. O diretor comenta que esse grupo tem acesso antecipado a lançamentos, produtos exclusivos, condições diferenciadas de pagamento e experiências personalizadas no atendimento.
TECIDOS MAIS LARGOS
Conforme Bordignon, a partir do 1º semestre de 2025, a empresa está com o parque industrial quase inteiro capaz de produzir tecidos com 2,30 metros de largura. Mantém alguns teares de 1,90 metro, dedicados aos tecidos 100% algodão. E é essa coleção mais larga que a Capricórnio Têxtil investe para o inverno 2026, com oito novos artigos.
Nos últimos cinco anos, a empresa executou o plano de alargamento da sua linha de produção, que culminou em abril deste ano com a finalização da fase industrial.
A produção cresceu para cerca de 5 milhões de metros em metros lineares. “Mas quando olha em metro quadrado, a expansão é ainda maior”, afirma o diretor. “O aumento na largura dos tecidos fez com que os clientes até reduzissem o consumo em metros lineares, mas mantivessem ou até aumentassem a produção de peças”, justifica.
Ainda em ritmo inicial, a sarja contribui com 350 mil metros de tecido por mês.
Dentro do plano de expansão internacional, a Capricórnio estima que em 2024, a exportação representou 7% do volume produzido.
Países como Peru, Bolívia, Paraguai, Venezuela e Argentina já são mercados consolidados, considera o diretor. Na Colômbia, a parceria com a Fabricato deverá começar a refletir em vendas a partir do segundo semestre.
AGENDA DO CLIMA
Em novembro, de 10 a 21, a Capricórnio Têxtil participará da COP30, a ser realizada em Belém do Pará. Vai apresentar duas iniciativas, conta Bordignon ao GBLjeans. Uma das ações mostra os resultados da produção de etanol a partir de resíduos industriais. A segunda apresentação envolve a participação de outra empresa de moda e ainda é mantida em sigilo.
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