Capela de Guadalupe “volta a ganhar vida” com as comemorações dos 300 anos

© Sandra Antunes

A Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, situada na Rua da Regueira, na freguesia de São Victor, em Braga, vai celebrar 300 anos com uma vasta programação ao longo de 12 meses para assinalar a efeméride. O programa foi apresentado esta quinta-feira pela irmandade que deixou o convite aos bracarenses para participarem nas comemorações.

Flávia Silva, juiz presidente da Irmandade de Nossa Senhora de Guadalupe, deu a conhecer a programação e pretende que, a partir destas comemorações, haja uma maior proximidade da comunidade com este espaço patrimonial.

“Vamos dinamizar a capela e o parque de Nossa Senhora de Guadalupe. Temos vindo a explorar o parque de uma forma mais aberta e é isso que nós precisamos, que as pessoas nos procurem também, e que seja hoje um lançamento para uma abertura à comunidade. As pessoas que nos procurem e que nos visitem sem nunca perdermos a consciência que Guadalupe tem um ADN que vamos preservar. O que está mais impresso em nós é um ADN muito especial e fazendo aqui uma referência ao Dr. Sousa Fernandes, temos também o legado dele para continuar. Desafiamos todos aqueles que estejam por bem e que entendam que temos um ADN e é isso que nós queremos, abrir canais de comunicação”, frisou Flávia Silva.

© Sandra Antunes

Por seu turno, Rui Ferreira, bracarólogo e curador do programa dos 300 anos da Capela, explicou que irá investigar as semelhanças da devoção de Nossa Senhora de Guadalupe de Braga com a de Nossa Senhora de Guadalupe do México.

“No processo de investigação, vamos tentar perceber este ‘Guadalupe’ se tem ou não tem a ver com a devoção com a que está no México. Lembrar que a devoção da que está no México vem de Castela e que D. Rodrigo de Moura Teles nasceu em Évora, território muito próximo do sítio onde vem essa devoção de Guadalupe. No topónimo daqui, muitos bracarenses mais antigos ainda diziam ‘água de Lupe’ e isso está registado em quase toda a documentação. O Lupe, provavelmente alusão ao Senhor Lopo que era dono destes terrenos todos aqui atrás, e o topónimo ‘água de Lupe’ estava registado. É um lugar de muita história e é um grande desafio explorar este espaço e também é um privilégio para a irmandade ter à guarda uma capela desta valia. Esperemos também que o seu sucessor venha para aqui e vai encontrar certamente um lugar de acolhimento, uma família verdadeira que o Padre Sousa Fernandes soube construir e que vai dar certamente continuidade a este espaço”, sustentou Rui Ferreira.

© Sandra Antunes

O programa comemorativo arranca neste mês de março com o Sagrado Lauspere Quaresmal nos dias 15 e 16, um concerto de música clássica no dia 21, uma visita guiada à Capela de Nossa Senhora de Guadalupe e ao bairro do reduto, no dia 22, e uma Missa Comemorativa dos 300 anos no dia 23, celebrada por D. Delfim Gomes, Bispo Auxiliar de Braga.

A apresentação contou com a presença de representantes da Irmandade, de Sérgio Torres, pároco de São Victor, de Ricardo Silva, presidente da Junta de Freguesia de São Victor e de membros da Jovem Coop e Braga +.


Crédito: Link de origem

- Advertisement -

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.