CAN: As chaves do sucesso da Guiné Equatorial
Província espanhola até 1968 e fortemente influenciada por Espanha, a Guiné Equatorial é um dos países mais pequenos do continente. Com 685.000 habitantes, é a segunda nação menos populosa da Taça das Nações Africanas (CAN), apenas superada por Cabo Verde.
A nível futebolístico, a Nzalang fez um brilharete na CAN-2023, goleando a anfitriã Costa do Marfim por 4-0 e liderando um grupo que também incluía a Nigéria e a Guiné-Bissau. Neste momento, a equipa não tem qualquer tecto nesta competição. O seu próximo adversário nos oitavos de final será a Guiné, a 28 de janeiro.
A equipa atual é liderada por Emilio Nsué. O maiorquino, que joga como atacante do Intercity Alicante na Primera RFEF, é o melhor marcador isolado da competição com cinco golos. O ex-jogador de Mallorca, Castellón e Real Sociedad, entre outros, fez um hat-trick contra a Guiné-Bissau e consolidou a boa fase com dois golos contra a Costa do Marfim.
Além disso, o grande papel do guarda-redes do Alavés, Jesús Owono, na baliza, a presença na defesa de Saúl Coco, do Las Palmas (nascido em Lanzarote), e do antigo jogador do Cádiz, Carlos Akapo (do Elche, atualmente no San José Earthquakes), também devem ser destacados. É ainda necessário destacar o trabalho no meio-campo de Pablo Ganet, do Málaga, atualmente no Alcoyano, e no ataque de Josete Miranda, do Getafe, que joga no Niki Volos, da Grécia. De todos os mencionados até agora, apenas Owono nasceu na Guiné Equatorial e a maioria deles joga nas categorias inferiores do futebol espanhol.
O crescimento do futebol da Guiné Equatorial tem sido constante nos últimos anos. Com uma seleção nacional reforçada por jogadores nascidos em Espanha e com antepassados no país, já sabem o que é pôr à prova as melhores equipas do continente.
Balboa e Juvenal
Em 2012, a Guiné Equatorial co-organizou a Taça das Nações Africanas com o Gabão e chocou o mundo ao atingir os quartos de final na sua primeira participação na competição.
Passou um grupo com a Zâmbia (que viria a ser campeã), deixando de fora a Líbia e o Senegal, e perdeu nos quartos de final com a Costa do Marfim, que terminou o torneio como vice-campeã.
Nessa equipa havia dois jogadores que são muito mediáticos, pois são comentadores do futebol espanhol em diferentes meios de comunicação social: Javier Balboa, ex-Real Madrid, e Juvenal Edjogo, que era o capitão. Na frente de ataque jogava também Rodolfo Bodipo, antigo jogador do Recreativo Huelva, do Racing e do Alavés.
Quarto lugar em 2015
Em 2015, depois de não ter participado na edição de 2013, a Guiné Equatorial organizou sozinha a principal competição de selecções de África. Mais uma vez, terminou em segundo lugar na fase de grupos, atrás do Congo e à frente do Gabão e do Burkina Faso.
Desta vez, no entanto, os equatoguineenses conseguiram passar aos quartos de final após uma vitória histórica no prolongamento sobre a Tunísia, com dois golos de Balboa.
Nas meias-finais, o sonho da equipa da casa chegou ao fim após uma derrota por 3-0 contra o Gana. No terceiro e quarto lugares, a República Democrática do Congo conquistou o terceiro lugar nos penáltis.
Sétimo lugar há dois anos
Na última edição, nos Camarões em 2021, a Guiné Equatorial confirmou mais uma vez que, sempre que participa numa Taça das Nações Africanas, passa. Nessa ocasião, ficou em segundo lugar, atrás da Costa do Marfim e à frente da Serra Leoa e da Argélia.
Numa edição que já incluía os oitavos de final, os equatoguineenses eliminaram o Mali nos penáltis e perderam nos quartos de final com o Senegal, o eventual campeão. A equipa que participou é a base da atual.
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