O Lusitano de Évora recebeu este domingo o Amora, em jogo a contar para a 2ª jornada da fase de subida, do Campeonato de Portugal.
Velhos conhecidos, já rotinados e certamente famintos pelos três pontos no final. Ainda assim, a sede de vingança foi aquilo que se sobressaiu mais. Mais uma grande vitória para a equipa da casa, desta vez, por 3×1.
Round 3
Eram dois conjuntos que já se conheciam de outros “campeonatos” e isso poderia facilitar a tarefa dos dois treinadores. Já se tinham defrontado na fase regular e o Lusitano nunca tinha conseguido marcar, ou vencer.
Um empate e uma derrota para os lusitanistas. Um ponto em seis possíveis, mas que o primeiro tempo poderia demonstrar essa “gana” de equilibrar este placar, mesmo que até tenha começado equilibrado.
Os da casa apostaram numa estratégia de continuidade, a mesma que os levou a assegurar o primeiro lugar da série, com uma apostar clara nas alas. Já o Amora, foi mudando a tática com o passar dos minutos, muito por culpa daquilo que o Lusitano ia fazendo.
Ora em 4x4x2, ora com três atrás, ora com cinco no miolo, a equipa visitante parecia não encontrar rumo, nem remos.
Chuva… de golos
Isso ficou ainda mais claro perto da meia hora de jogo, com dois golos, quase seguidos.
Primeiro, de penalti, por Miguel Lopes, aos 28’. Depois com um verdadeiro petardo de João Pinto, que certamente anotou o golo da tarde – um remate à boca da área e ela só parou mesmo lá dentro.
Desta forma, já com dois sofridos, o Amora conseguiu ainda correr atrás de um golo, para levar o resultado menos desequilibrado para os balneários. Assim foi e João Oliveira foi solicitado para bater um penalti, cometido por Palancha, aos 38’.
Chovia dentro e fora das quatro linhas e o jogo ficava novamente eletrizante. As duas equipas não queriam sofrer, mas também não pararam de atacar, numa altura em que os médios passavam a ter um grande protagonismo.
No meio é que está a virtude
É verdade. Os desarmes e os construtores de jogo estavam no meio. Ora Mauro Andrade, que ou ligava o chip de construtor recuado, ou o de chegar perto da área. Ora Tiago Baptista, que depressa encontrava alguém em boa posição para atacar o último terço. Ora Martim Águas, que tem sempre um claro foco lá na frente, mas ajudou muitas vezes lá atrás.
Nem o descanso alterou essa toada e foi assim que surgiu o 3×1, por intermédio de Dida. Mauro Andrade recupera e lança Davou na direita que, com uma grande jogada, cruza para trás, para Tiago Baptista que, já sem ângulo, deixa para Dida fuzilar confortavelmente.
Solução para o silêncio
O Campo Estrela estava meio estático e o golo foi a “cafeína” que os adeptos necessitavam. Aqui estava o fator casa que tanto se fala nos compêndios de futebol.
Também os jogadores do Amora começaram a jogar com os ânimos. Muitos precipitados e muito nervosos, até nos combates. Muitas foram as faltas que surgiram a partir daqui por conta do nervosismo.
Ia controlando o Lusitano. Claro que mais confortáveis e altamente desgastados, mas com mais cabeça. Tiveram mais um par de oportunidades de dilatar a vantagem, mas as pernas já não tinham a frescura necessária para finalizar certeiramente.
As substituições já vieram tarde para alterar o resultado para os da casa. Pedro Russiano poderia ter gerido melhor essa parte. Ainda assim, talvez tenha sido a gestão acertada para conseguir os três pontos, mesmo que Miguel Lopes, por exemplo, já se arrastasse em campo.
Contudo, à terceira foi mesmo de vez. Com mais uma vitória, o Lusitano vai cimentando aquilo que é o desejo supremo dos adeptos e da equipa, claro. A Liga 3, por agora é apenas isso mesmo, um sonho. Porém, a subida fica assim, cada vez mais próxima.
Lusitano GC | Amora FC |
3 | 1 |
Miguel Lopes (28’p) João Pinto (30′) Dida (56′) |
João Oliveira (37’p) |
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