Ângela Gomes fala à imprensa, à margem da abertura do primeiro ateliê de revisão e actualização da Carta Sanitária de Cabo Verde, realizada hoje na cidade da Praia.
Salientou que o país já assumiu algumas políticas de saúde dentro do Orçamento Geral do Estado, nomeadamente o programa nacional de vacinação, o que representa “um avanço” de forma a garantir sustentabilidade em caso de suspensão de apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Há programas que são estruturais, essenciais, já conseguimos ganhos, como na área de saúde materna e infantil. Os investimentos já fizemos a nível de laboratório. Isso não está muito na dependência desses fundos, mas por isso que nós temos que ser sábios e, nesta altura, aproveitar também este contexto de uma forma, rentabilizá-los para garantir a sustentabilidade”, afirmou.
Relativamente à suposta falta de insulina e medicação para outras doenças crónicas, a directora nacional de Saúde disse que “não há conhecimento oficial dessas rupturas”, mas admitiu que, caso existam, podem estar ligadas a questões de transporte ou limitações fora do controlo do sector da saúde.
Acrescentou ainda, que o aprovisionamento de medicamentos essenciais é feito através do Gabinete para Assuntos Farmacêuticos (GAF) e tem garantido estabilidade, destacando que caso os utentes não encontrem o que precisam, têm a ver com os mecanismos logísticos, e não com falhas no sistema de aquisição.
Ângela Gomes reforçou a importância de continuar a racionalizar recursos e a investir numa Carta Sanitária que responda aos novos desafios, incluindo crises económicas, pandemias e mudanças climáticas, com uma abordagem preventiva e sustentável.
Inforpress
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