Cabo Verde: MpD exalta 50 anos de independência e apela à unidade nacional: “A festa é do povo, não de alguns”

Cabo Verde comemora em 2025 os 50 anos da sua independência, proclamada a 5 de julho de 1975. Em conferência de imprensa, o Movimento para a Democracia, MpD, enalteceu esta data como a maior conquista do povo cabo-verdiano e destacou a importância de celebrar o marco com espírito de união, sem tentativas de instrumentalização política.

“O MpD entende que a independência é a maior conquista do povo cabo-verdiano. Foi o momento em que nascemos como Estado e que possibilitou todas as outras conquistas ao longo destas cinco décadas”, afirmou Vander Gomes, Secretário-Geral Adjunto do partido. Para o dirigente, este é um ano de balanço e de reafirmação do orgulho nacional:

“São 50 anos de sucessos evidentes, de luta pela dignidade e de um futuro do tamanho dos nossos sonhos.”

Dirigindo críticas àquilo que classificou como discursos saudosistas e divisionistas, Vander Gomes considerou que há setores que ainda não aceitaram a mudança trazida pela democracia.
Segundo ele, “há quem continue a agir como se a história tivesse parado no 5 de julho de 1975, ignorando que também houve o 13 de janeiro de 1991, data que abriu o caminho da democracia em Cabo Verde.”

O Secretário-Geral Adjunto do MpD repudiou tentativas de apropriação da figura de Amílcar Cabral para ganhos pessoais ou partidários:

“Não se justifica que, para conseguir protagonismos pessoais, se use a imagem de Cabral como bengala. Muito menos para provocar divisões entre os cabo-verdianos ou entre a diáspora e os que vivem no país.”

Reconhecendo o contributo de todos os que lutaram pela independência, o MpD reafirmou que os novos protagonistas são hoje legitimados pelo voto popular e que, numa democracia, “não há legitimidade histórica que se sobreponha à escolha do povo”.

O partido também elogiou a forma como o Estado organizou o arranque das comemorações oficiais, que começaram a 25 de abril na cidade do Mindelo. Gomes destacou o discurso do Primeiro-Ministro como um momento mobilizador, com foco no futuro, na dignidade dos cabo-verdianos e na construção de consensos democráticos.

“A festa começou nas ruas, com o povo. Foi bonito ver os mindelenses a encher os espaços públicos e a participar com entusiasmo. Tudo indica que, desta vez, a festa da unidade será realmente vivida com o povo”, sublinhou.

O MpD concluiu a sua intervenção com um apelo à união nacional, afirmando que os 50 anos da independência devem servir para consolidar a democracia, reforçar o respeito mútuo e rejeitar discursos que tentam reescrever a história ao serviço de interesses pessoais ou de grupo.

“Os 50 anos de independência são um motivo de orgulho e de esperança. Que a celebração seja de todos, como sempre deveria ter sido”, finalizou Vander Gomes.

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