Nos últimos dias, o Brasil foi informado por autoridades venezuelanas que Nicolás Maduro iria reconhecer os resultados da eleição, e que é considerada como estratégica para toda a região. Os interlocutores brasileiros, porém, não receberam a mesma garantia por parte da oposição, que insistiu que primeiro vai querer garantias sobre o procedimento de contagem dos votos e sugerem que uma apuração paralela também pode ocorrer.
A eleição é a aposta do Brasil para tentar normalizar a relação da Venezuela com o mundo, assim como reduzir a tensão para permitir uma estabilização do fluxo migratório e de refugiados.
Ao longo dos últimos dias, uma delegação enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e liderada pelo embaixador Celso Amorim se reuniu com o chefe da diplomacia venezuelana e outras autoridades. O UOL apurou que, em todos os contatos, os representantes do governo Maduro sinalizaram que não vão questionar o que sair das urnas.
As garantias foram dadas depois de um período de turbulência e dúvidas. Maduro alertou que haveria um “banho de sangue” caso ele não vencesse e, em manobras, desenhou as cédulas de votação de uma forma que pode causar confusão ao eleitor.
A delegação brasileira em Caracas também manteve contatos com a equipe dos candidatos de oposição. O UOL apurou que, nessas reuniões, não houve a mesma garantia de reconhecimento imediato do resultado da eleição.
O argumento desses grupos é de que tudo vai depender da condição de apuração. No caso de uma vitória da oposição, porém, o reconhecimento seria garantido.
Crédito: Link de origem
Comentários estão fechados.