A organização, que recolhe os dados nas Secretarias de Segurança de todos os estados brasileiros para fazer o levantamento, concluiu que o total de violações registadas no país sul-americano cresceu 6,5% no ano passado face a 2022. A taxa de violações ficou em 41,4 para cada 100 mil pessoas.
Segundo o levantamento feito pelo fórum, a maioria das vítimas de violação foram crianças com até 14 anos de idade e pessoas vulneráveis (76%), do sexo feminino (88,2%) e negras (52,2%).
A violência contra as vítimas com esse perfil geralmente aconteceu dentro de casa (61,7%), a maioria dos agressores era um familiar(64%) ou pessoa conhecida da vítima (22,4%).
Além dos casos de violação sexual, o levantamento mostrou que houve um aumento de todas as modalidades de violência praticada contra as mulheres no Brasil no ano passado.
O número de feminicídios subiu 0,8% no país, totalizando 1.467 casos em 2023. A maioria das vítimas de feminicídio eram negras (63,6%), com idade entre 18 e 44 anos (71,1%) e foram mortas em suas casas (64,3%). A maioria dos assassinos eram parceiros das vítimas (63%), ex-parceiros (21,2%) ou um familiar (8,7%).
As tentativas de feminicídio também cresceram 7,1%, totalizando 2.797 vítimas no ano passado.
O levantamento detetou que as agressões decorrentes de violência doméstica subiram 9,8% (258.941 registos) no Brasil, os casos de ‘stalking’ ou perseguição cresceram 34,5%, (77.083 registos). Já os casos de importunação sexual aumentaram 48,7% (41.371 registos), tentativas de homicídio cresceram 9,2% (8.372) e registos de violência psicológica subiram 33,8%, com 38.507 denúncias.
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